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Corrupção: mal global

A organização não governamental Transparência Internacional acaba de divulgar um preocupante dado a respeito do Brasil: o País é um das nações com a pior estrutura para o combate à corrupção entre as que integram o G20, o grupo das economias mais importantes do planeta. Foi o resultado final de um relatório elaborado pela ONG.

O levantamento avaliou dez diferentes itens relacionados ao combate à corrupção e com os quais integrantes do G20 se comprometeram a perseguir em reunião consensual.

Pesou negativamente para o Brasil o recente escândalo de corrupção na Petrobras – dados da Polícia Federal dizem que os desvios da estatal custaram 42,8 bilhões, uma cifra absolutamente impressionante sob qualquer ponto de vista.

E foi com razão que o relatório classificou o caso como o “maior escândalo de corrupção e lavagem de dinheiro do Brasil até hoje”. Ainda segundo o documento, o Brasil avançou “0%” em dois dos dez itens: a definição em lei do chamado “proprietário beneficiário” (instrumento usado para especificar o real controle de uma empresa privada e que serve para intensificar os esforços contra a lavagem de dinheiro) e a criação de mecanismos para melhor identificação e combate à lavagem de dinheiro.

Se, por um lado, é certo afirmar que a corrupção e a lavagem de dinheiro são desafios globais, é certo, também, dizer que o Brasil precisa fazer a sua parte no sentido de tornar o ambiente menos favorável aos corruptos de plantão. Como temos um estado bastante inchado, seria salutar tornar mais transparente e eficiente a administração pública nas três esferas, de modo a que os brasileiros possam saber, de fato, o que se passa nos intestinos do poder.

Aos cidadãos, cabe cobrar por governos mais honestos, já eles são os mais prejudicados com os sucessivos e bilionários escândalos de corrupção.

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