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Ceará reduz em 34% mortes de crianças no trânsito

O Ceará reduziu em 34% o número de mortes de crianças (0 a 10 anos) no trânsito na última década. Entre os anos de 2003 e 2013, esse número caiu de 71 para 47 vítimas. O levantamento é do Ministério da Saúde, divulgado ontem. Conforme o estudo, 24 crianças foram salvas no Estado, sejam as ocupantes de veículos motorizados, sejam as que se deslocam a pé ou de bicicleta.

Cadeirinha de crianca NAYANA MELO (2)

O Brasil conseguiu reduzir as mortes em 36%. Em 2003, foram registrados 1.621 óbitos de crianças (0 a 10 anos). Já em 2013, foram 1.054 vítimas, o que representa 567 vidas salvas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 500 meninos e meninas são, diariamente, mortos no trânsito em todo o mundo. Com o objetivo de ressaltar esse dado, 500 alunos de escolas do Distrito Federal realizaram, ontem, uma ação em frente do Congresso Nacional para pedir mais segurança no trânsito aos líderes mundiais que estarão no Brasil para a “2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito”.

Lei da cadeirinha
Especialistas apontam que campanhas educativas, aumento da segurança veicular e a lei da cadeirinha contribuíram para a redução das mortes no trânsito. Considerado um dos mais importantes avanços na legislação brasileira protetiva a crianças no trânsito, à “Lei da Cadeirinha”, de maio de 2010, estabeleceu padrões de segurança para transporte de crianças menores de dez anos.

De acordo com a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), crianças nessa faixa etária devem viajar no banco traseiro usando cinto de segurança ou sistema de retenção equivalente – bebês de até um ano de vida têm que de em bebê-conforto ou conversível, de um a quatro anos em cadeirinhas e de quatro a sete anos em assento de elevação.

A não obediência ao dispositivo legal é considerada infração gravíssima e prevê multa de R$ 191,54, perda de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.

A jornalista Laura Raquel Carvalho, mãe do Caio, de um ano, defende a medida, mesmo com a resistência do garoto em permanecer no bebê-conforto. “Brinco com ele ou dou um brinquedo, e com paciência vou colocando-o no assento dele. O importante é não abrir mão da cadeirinha ou de qualquer outro tipo de retenção para crianças. Hoje, o trânsito está muito violento”, avaliou a jornalista.

O uso da cadeirinha foi fundamental para o advogado Santiago Vilar. Há dois anos, o equipamento salvou a vida de seu filho, Guilherme. “Acho muito importante o uso da cadeirinha. Em um acidente, que ocorreu há dois anos, a vida do meu filho foi salva por causa do equipamento de segurança. O carro deu perda total e o meu filho mais velho, que na época tinha três anos, estava no banco de trás sentado na cadeirinha. Ele não sofreu nenhum ferimento, já eu e minha esposa nos machucamos, mas ele ficou bem”, recordou Vilar.

Conferência
Como reduzir as mortes e traumas causados por acidentes de trânsito é o tema sobre o qual irão se debruçar líderes e especialistas de todo o planeta reunidos na 2ª Conferência Global de Alto Nível sobre Segurança no Trânsito – Tempo de Resultados, que ocorre nos dias 18 e 19 de novembro, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília (DF).
“Esse é evento importante para chamar a atenção para o problema, e para que os países reforcem as medidas voltadas para proteger as crianças no trânsito, seja as ocupantes de veículos motorizados, seja as que se deslocam a pé ou de bicicleta”, afirmou a coordenadora do projeto Vida no Trânsito no Ministério da Saúde, Marta Silva.

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