O Brasil ainda é um dos campeões mundiais em vítimas fatais provocadas por acidente de trânsito. Todos os anos, milhares de pessoas perdem a vida nas estradas brasileiras. Todavia, uma boa notícia pode servir como momento de virada nessas estatísticas macabras.
O Brasil reduziu em 36% o número de mortes de crianças de zero a dez anos no trânsito entre 2003 e 2013, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde. Em 2003, foram 1.621 mortes e, dez anos depois, o número caiu para 1.054.
Os dados de 2013 são os mais recentes disponíveis. Cerca de 560 crianças foram salvas, tanto as ocupantes de veículos motorizados, quanto as que se deslocam a pé ou de bicicleta. Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), 500 crianças morrem diariamente no trânsito em todo o mundo.
As informações foram divulgadas devido a campanha mundial Save Kids Lives, que quer chamar atenção de autoridades para assumir compromissos e adotar medidas pela redução das mortes no trânsito. Um dos principais fatores que proporcionaram essa queda foi a lei da cadeirinha, de 2010, que determinou que crianças com menos de dez anos de idade devem ser transportadas nos bancos traseiros e que, além disso, o transporte de crianças com até um ano de idade deve ser usado o bebê-conforto. Com mais de um e até quatro anos, deve-se usar a cadeirinha. Já o assento de elevação deve ser usado por crianças entre quatro anos e sete anos e meio de idade.
Os próprios pais passaram a ter uma consciência mais aguçada no que diz respeito ao transporte de crianças, e a prudência ainda é, para todos os efeitos, o melhor antídoto contra os acidentes de trânsito. Além disso, a intensificação da fiscalização continua sendo essencial para que acidentes sejam evitados, afinal, sem fiscalização, tende-se, naturalmente, a relaxar-se nas normas de segurança.