E m todo momento de crise no Brasil, com especial registro quando provocado pela trilogia: econômica/política/corrupção, influentes segmentos da sociedade ressuscitam um chamado “Pacto Nacional”. Acordão para salvar ou resgatar o País do fundo de um poço, como se encontra neste momento. A crise de hoje é mais corrupta do que econômica e política. O Brasil não faliu nem vai falir, mas não poderemos negar que a Petrobras está em situação próxima da pré-falimentar: sem recursos para novos investimentos. O Brasil não faliu nem vai falir, mas está sem recursos para investir em projetos sociais: saúde, educação, segurança, saneamento básico, enfim, em vários e necessários ao bem-estar social.
O verdadeiro Pacto Nacional deveria nascer dentro de um consenso coletivo de todos os integrantes dos poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Todos são democraticamente constituídos como representantes do Estado e da nação. Esse Pacto Nacional seria para reaver (confiscar), após processo transitado julgado e com ampla direito de defesa, os bens de todos, e, qualquer assaltante de cofre público no valor correspondente ao prejuízo causado ao País.
Com a legislação de hoje, assaltar patrimônio público é bom “negócio”. Quantos bilhões de reais foram surrupiados pelos mensaleiros e muito mais pelos petrolões? Até hoje, nenhum corrupto devolveu aos cofres públicos 50% do que surrupiou das pequenas prefeituras municipais, dos governos estaduais ou da administração federal. Alguns mensaleiros e ladrões da Petrobras foram multados, mas não devolveram 2% do valor roubado. Presos ou em liberdade estão gozando as delicias do dinheiro fácil. Para os brasileiros deixaram inflação, recessão, desemprego, insegurança, péssima saúde e educação.Roubaram até a esperança do povo e a credibilidade do País.
Os corruptos ainda querem criar nova CPMF e repatriar (legitimar e perdoar sonegadores e corruptos) dinheiro sujo para facilitar futura corrupção. Corrupto não deveria ser preso. Quanto mais tempo à disposição da Polícia e da Justiça, maior prejuízo. Confiscar bens, com direito de liberdade, seria melhor punição. Nenhum ladrão da Petrobras está liso nem arrependido do crime. Os milhões de dólares camuflados proporcionam maravilhas, e o povo que se lixe. Os seus “companheiros” ainda dizem que eles foram injustiças, perseguições, julgados sem provas nos autos e sem direito de defesa.
Ainda tem gente “importante” dizendo que – “mensalão nunca existiu e petrolão é campanha do imperialismo norte-americano e da direita entreguista com apoio da imprensa venal e golpista contra a Petrobras”- apesar dos balancetes da empresa confirmarem maracutaia de bilhões. Pacto sem confisco é prêmio para os ladrões públicos deste País!
Hélder Cordeiro
Jornalista