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Fortaleza

Planalto manda enterrar de vez todas as CPIs

A maioria do PMDB prefere, hoje,
nomear cargos neste governo
Senador Aécio Neves, presidente do PSDB,
sobre o caráter fisiológico do adversário

O Governo determinou aos parlamentares o sepultamento de todas as CPIs, começando pelo veto à prorrogação de todas as comissões na Câmara. Em reunião no Palácio do Planalto, terça (17), o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) deixou escapar o pânico do Governo com as investigações dos fundos de pensão e do BNDES, uma verdadeira “caixa-preta” finalmente aberta pelas investigações.

Lula em pânico
A gota d’água para a operação abafa das CPIs foi teleguiada pelo ex-presidente Lula, após a convocação do seu amigo José Carlos Bumlai.

Não é bem assim
A CPI dos Fundos de Pensão aprovou requerimento de prorrogação, mas isso ainda precisa passar pelo plenário. A chances são pequenas.

Insistente
Insistente, o presidente da CPI do BNDES, Marcos Rotta (PMDB-AM), encaminhou pedido de prorrogação a Eduardo Cunha.

Direito só da maioria
As CPIs sempre foram consideradas um direito das minorias, mas desde o governo Lula, o Planalto não abre mão do controle de todas elas.

Excesso de exposição
Lula anda insone com o depoimento de

Bumlai na CPI. Ele acha que o amigo, por ser inexperiente, pode ficar nervoso e complicar sua vida.

Explica aí
Bumlai será indagado sobre seu papel em negócios com o amigo Lula, como sítio de Atibaia (SP), reformado pela OAS, aquela do petrolão.

Ponto final
O Palácio do Planalto pressiona o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a sepultar a CPI do BNDES até 14 de dezembro.

Oposição se divide
DEM e Solidariedade brigaram com os tucanos na Câmara, que não ajudaram a obstruir a votação das pedaladas de Dilma na Comissão de Orçamento. Alegam que “rolou agradinho” (emendas) ao PSDB.

Com a rua ela não pode
Geddel Vieira Lima (PMDB), ex-vice-presidente da Caixa no governo Dilma, já não acredita no impeachment por iniciativa do parlamento, mas acha que as forças de Madame serão “minadas das ruas”.

Contra ditadura
Jaques Wagner (Casa Civil) terá de explicar, na Câmara, a MP que pune caminhoneiros que fecham rodovias, enquanto o MST toca o terror. “O Governo silencia quem discorda dele”, diz Jerônimo Goergen (PP-RS).

Imposto, não
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, faz vigília contra a saída fácil do Governo para a crise. Falando em nome dos empresários, Skaf prometeu fazer o que for preciso para impedir aumento de impostos.

Contaminação
O senador Romero Jucá (RR) vê o desgaste do Governo contaminando todos os partidos, incluindo o seu PMDB. Para a surpresa de quem o considera um governista radical, ele sempre defendeu o impeachment.

Parou por quê?
Presidente da OAB-SC, Tullo Cavallazi Filho, não deu andamento à grave queixa de um cliente lesado por advogados porque a campanha na Ordem “parou tudo”, conforme justificou ao advogado do queixoso.

Sem largar o osso
Ficou combinado no congresso do PMDB que seus sete ministros vão evitar polêmicas como a roubalheira desenfreada no Governo. Estão felizes demais nos empregos para entrar em bolas divididas.

Moreira forte
Tanto quanto o vice Michel Temer, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ex-ministro Moreira Franco, saiu fortalecido do congresso do PMDB. É entusiasta do projeto de poder Michel Temer 2018.

Pergunta nos movimentos
Por que a Marcha das Mulheres Negras carregava dezenas de balões da CUT, bandeiras do MST e faixas da UNE?

o poder sem pudor

Ao chegar na Câmara para trabalhar, em 1990, o jovem deputado Eduardo Siqueira Campos, então no PDC, soube que Brandão Monteiro (PDT-RJ) fizera violento discurso contra seu pai, governador do Tocantins. Eduardo é do tipo boa praça e encontrou Monteiro ainda no plenário. Ao vê-lo, o deputado do Rio insultou-o e a seu pai, outra vez. Eduardo pediu que parasse, mas Monteiro, que tinha fama de valentão, insistiu. O filho virou fera ferida: fechou os olhos e desferiu um soco de cinema, único de sua vida, que pegou em cheio e entrou para a História, deixando Brandão nocauteado no chão do plenário.

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