Ninguém pense que veio para aqui desfrutar as delícias de viver. Muito pelo contrário, já nascemos com duas condenações, ou mais precisamente, uma está no primeiro capítulo da Bíblia, o Gênesis: “Comerás o pão com o suor do teu rosto.”, a outra é a pena de morte por prazo indeterminado. Se viéssemos para sorrirmos e fazer o bem-bom da nossa existência, não nascíamos chorando. Já quando não ofendemos as leis de Deus e as dos homens, apenas os que ficam, isto é, os nossos parentes que não são mais próximos ficam chorando quando nos transmudamos para a eternidade, vamos, sem dúvida, sorrindo.
Enquanto aqueles que mal fizeram, inclusive matar os seus semelhantes, estes sim, morrem os corpos, e as almas, e serão queimados nas caldeiras do inferno.
Da vida material só logramos quando estamos na puberdade, pois esta é a idade do amor, na qual casamos e geramos filhos, que deverão nos substituir aqui na Terra. Já na infância, dela pouco desfrutamos, haja vista estarmos com a nossa inteligência em formação.
Enquanto a velhice, esta é de pura reflexão, pois ficamos a pensar o que será do nosso espírito. No entanto, se nos comportamos bem aqui na Terra, teremos a verdadeira vida. E, além disso, o que mais ficamos a pensar é que, com o passar do tempo, parece mesmo que voltamos a ser meninos e os filhos já acham que são nossos pais. De qualquer maneira, aqui vai um conselho aos idosos, isto é, procurem ler o Evangelho de Jesus, pois nele estão os seus valiosos e santos ensinamentos. É assim que adquiríamos a fé, ou aumentarmos aquela que pouco ou quase nada tínhamos.
É interessante observarmos as corrigendas que Ele faz ao Velho Testamento, como por exemplo a afirmação de que olho por olho não deve ser meio de solução de conflitos. O certo é deixar a reprimenda para Deus, o grande Juiz dos juízes.
Igualmente, aquilo que está escrito no livro Gênesis nos seguintes termos: “tu és pó e ao pó voltarás.”
Não é bem assim: Jesus esclarece que o corpo é tão somente a roupa do espírito, este sim, quando ficou provado que cumpriu as leis divinas, viverá para sempre na eternidade.
Edgar Carlos De Amorim
Desembargador