Pela terceira vez consecutiva, a cebola apresenta grande diferença de preços entre os supermercados de Fortaleza. A pesquisa do Procon Fortaleza mostra que, de um supermercado para outro, o preço da cebola pode variar até 274%. Comparando com o levantamento anterior, 19 itens aumentaram de preço, enquanto que 11 diminuíram, e apenas um produto não sofreu alteração.
Depois do quilo da cebola, que pode ser encontrado de R$ 1,19 a R$ 4,46, outros dois alimentos apresentam grande variação nos preços. É o caso da cenoura, que varia até 214%, indo de R$ 1,49 a R$ 4,69, entre os supermercados pesquisados. Já o quilo da batata pode ser comprado de R$ 2,28 a R$ 6,88, uma diferença de 201%. Na lista de produtos de higiene pessoal, o sabonete de 90 gramas variou até 49%, podendo ser encontrado de R$ 0,99 a R$ 1,48. Já o pacote de sabão em barra com cinco unidades continua sendo o item de maior variação entre os produtos de limpeza doméstica, indo de R$ 4,99 a R$ 6,99, uma diferença de 40%. Os preços dos 31 produtos pesquisados foram coletados entre os dias 23 e 24 de novembro.
Queda
A economia em desaceleração já foi sentida nos supermercados. De janeiro a outubro as vendas caíram 1,02% no comparativo com o mesmo período de 2014. E essa queda no faturamento deve persistir em novembro e dezembro e acumular recuo de cerca de 1,5% em 2015. Será o primeiro ano, desde 2006, em que as vendas no varejo de alimentos apresentam retração. Naquele ano, a queda foi de 1,59%.
Déficit
O déficit do setor público consolidado disparou em outubro de 2015 e atingiu, no mês, R$ 11,5 bilhões, o pior patamar da série histórica, iniciada em dezembro de 2001. No ano, o resultado saiu de um déficit de R$ 8,4 bilhões até setembro para um rombo de R$ 19,9 bilhões até outubro, também o pior da série histórica para os dez primeiros meses do ano (desde 2002). Ou seja, a dois meses do fim de 2015, o governo não conseguiu economizar nada para pagar os juros da dívida pública.
Nova previsão
Analistas consultados pelo Banco Central na pesquisa Focus elevaram mais uma vez a previsão para a inflação deste ano. A 11ª alta seguida indica que o IPCA encerrará o ano em 10,38%. Para o ano que vem, a expectativa foi mantida igual à da semana passada, a 6,64%, acima do teto da meta, de 6,5%. Já a Selic deve superar os 14% no fim de 2016. O PIB voltou a ser revisto para baixo pelos analistas: -3,19% em 2015 e -2,04% em 2016.
Piora nas empresas
A combinação de fraca atividade econômica brasileira e aumento das taxas de juros dos empréstimos deve pressionar as métricas de endividamento da maioria das empresas do País em 2016, segundo a agência de classificação de risco Fitch. Em relatório, a agência citou nominalmente empresas como as siderúrgicas CSN e Usiminas, que poderiam se tornar inviáveis diante desse cenário. Além disso, a Fitch considerou que companhias como o grupo Camargo Corrêa, a Eletrobras e Oi podem ter seus ratings de crédito rebaixados.
Devedores
Antigos projetos de lei que ampliam para todo o Brasil as restrições para negativar devedores inadimplentes avançam no Congresso e podem reprimir ainda mais a oferta de crédito no País, em um momento em que os calotes estão em alta e longe de atingirem o seu ápice por causa da fraqueza da economia.
Encarecido
Como as dívidas tendem a ser, a partir de então, protestadas, haverá ainda um encarecimento do custo para que o consumidor “limpe” seu nome, segundo a Broadcast. Para os cartórios, esse quadro tem potencial de gerar receita extra anual de R$ 20 bilhões.
Esclarecimento
A Prefeitura de Fortaleza, por meio do Procon Fortaleza, firmará hoje (1), termo de parceria com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) que beneficiará os moradores da Capital. O objetivo é realizar um trabalho de educação e esclarecimento das normas previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC) com o segmento de lojas filiadas à CDL.
