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Microcefalia e o vírus zika

O Ministério da Saúde acabou de afirmar que há relação entre o surto de microcefalia no Nordeste do Brasil e o vírus zika. Aliás, a partir deste mês de dezembro, vários estados aqui no Nordeste do País decretaram situação de emergência depois da confirmação do Ministério da Saúde de uma relação entre a microcefalia e o vírus zika. É importante salientar que a análise inicial indica que o risco para a gestante está associado aos primeiros três meses de gravidez (Folhapress).

O vírus zika chegou ao Brasil em meados de 2014 e se espalhou rapidamente pelo País. O vírus é transmitido pela picada da fêmea de mosquitos Aedes aegypti infectados.

Os principais sintomas são: febre por volta de 38oC; dor de cabeça; dor muscular ou nas articulações; manchas vermelhas na pele (pequenas e com discreto relevo); conjuntivite; dor nas costas; fadiga; náuseas; vômitos; dor abdominal e diarreia. Não há tratamento específico para doença, porém há medicamentos para aliviar os sintomas. Pacientes podem usar medicamentos anti-inflamatórios e analgésicos. Porém, é sempre aconselhável consultar seu médico. Uma consequência inesperada do vírus aconteceu quando foi descoberto que pode ser a causa de má-formação cerebral chamada microcefalia, que é uma má-formação congênita que prejudica o desenvolvimento normal do cérebro.

O que caracteriza a doença é uma circunferência do crânio inferior a 33 centímetros no nascimento do bebê. Na prática, isso significa que o cérebro não se desenvolveu corretamente e, como consequência, o recém-nascido pode morrer ou apresentar sequelas graves, como dificuldade de visão, de audição e retardo mental. Geralmente, essa condição se desenvolve no primeiro trimestre da gestação.

O estado de Pernambuco, que já tem quase 500 casos notificados neste ano de 2015, foi o primeiro estado a avisar oficialmente o Ministério da Saúde sobre o problema, que tem sido associado com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, responsável também pela dengue. No Brasil, já são mais de 700 casos infectados em 160 municípios de nove estados, especialmente da região Nordeste.

Perante essa informação dada, o que nós podemos fazer? Como, até o momento, o grande suspeito de causar o problema é o vírus zika, o ideal é evitar a propagação do Aedes aegypti, mosquito que também transmite quatro tipos de dengue e o “chikungunya”, uma doença que ataca as articulações, provocando intensas dores. O mosquito se prolifera em água limpa parada, por isso é importante evitar que ela se acumule em pneus, vasos de plantas e qualquer outro recipiente aberto. Para evitar picadas durante a noite, repelentes podem ser usados, e telas nas portas e janelas.

Brendan Coleman
Redentorista

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