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Fortaleza

Batalha quase perdida

Há precisos 12 anos, ou seja, no dia 9 de dezembro de 2003, em pomposa e concorrida solenidade, realizada na cidade de Mérida, no México, o Brasil e mais 101 países assinaram o documento final da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção. O Brasil foi representado pelo Ministro do Controle e da Transparência Waldir Pires, um dos políticos mais sérios e inatacáveis do Brasil. Naquela ocasião, e sob aplausos gerais, inclusive do secretário-geral da ONU, Kofi Annam, ele declarou que “o dinheiro ilícito é um inimigo poderoso da construção da democracia, degrada costumes, organizações econômicas, regimes políticos e personalidades”. Criou-se um clima de otimismo e de esperança, ante um documento elaborado durante três anos de negociações entre mais de 120 países, empenhadas nessa renhida batalha. Desse modo, teríamos, finalmente um mundo marcado pela redução da corrupção. Pelo menos em termos de Brasil, embora o resultado da Convenção tenha sido solenemente ratificado em 2014, em todos os seus 71 artigos pelo Congresso Nacional, conclui-se que se trata de mais uma “semente semeada em terreno pedregoso”, ou seja, não brotou nem floresceu. Prova disso é que apenas em São Paulo-SP ocorreu, anteontem (8), seminário o “Combate à corrupção no Brasil – Avanços e Desafios”. Só não se sabe a que tipo de “avanços” se referiu aquele evento, tendo em vista o “mar de lama” que se avoluma no Brasil, principalmente depois de Mérida. Infelizmente, parece que estamos diante de mais uma dessas batalhas com nobres intenções, mas ameaçada que de ser perdida, a não ser que MPF, PF e Lava Jato destruam de vez, tão insidioso e deletério inimigo.

Boa sugestão Na AL, o deputado Odilon Aguiar (Pros) (foto) defendeu projeto para reduzir drasticamente os acidentes automobilísticos e moto ciclísticos que tantas vidas ceifam, com a criação, pelos municípios, das suas próprias autarquias de trânsito, já em funcionamento em outros estados.

Se o Governo…
…quiser melhorar a saúde do Ceará, deve abandonar projetos espetaculosos, e dotar de remédios e equipamentos os hospitais do Estado. Ponto de vista do Carlos Matos (PSDB).

Homenagem
Na tarde de ontem, a AL realizou sessão solene comemorativa ao Dia do Marinheiro, com a presença de altos oficiais, evento requerido pelo deputado Manuel Duca (Pros).

Na ocasião…
…ao usar da palavra, o capitão-de-portos Marcelo Mauad, destacou a “importância da Marinha do Brasil na salvação da Amazônia, para tirar da fome milhões de brasileiros”.

A histórica…
…carta do vice-presidente Temer alertou o Governo, que ignorou solenemente o projeto elaborado pelo PMDB “Ponte para o Futuro”, um autêntico projeto de governo.

Lideranças…
…discutindo na AL a sucessão de Fortaleza, concordavam: para o prefeito RC melhorar o conceito da sua gestão, terá de fazer profundas mudanças em sua assessoria mais pessoal.

Mais ação
Para o deputado Ely Aguiar (PSDC), embora o projeto “Ceará Pacífico” seja altamente bem intencionado, carece de mais ação, já que a criminalidade continua crescendo.

Sem apartes…
…a deputada Silvana (PMDB) taxou de interferência indébita nos atos internos de outro poder constituído, suspensão, pelo STF, do projeto de “impeachment” na Câmara dos Deputados.

Em meio…
…ao “empurra-empurra” do “impeachment” o Governo viu, na derrota de anteontem, sinal de que deve mudar de posição sobre o recesso. Ou seja, quanto mais “sufoco, pior para ele…

Após a…
…saída do ministro Padilha da Aviação Civil, quatro deputados do PMDB foram convidados para a pasta: Carlos Moreira, Leonardo Quintão, Newton Cardoso e Mauro Lopes.

Separação
Sinal evidente de que o “divórcio” PT-PMDB é uma questão de dias, todos os parlamentares ligados ao vice-presidente Michel Temer responderam com um sonoro NÃO!

Joga duro…
…o ministro do STF, Zavascki, relator da Lava Jato, ao mandar prorrogar investigações sobre o presidente do Senado, Renan, a “esperança” do Planalto no processo do “impeachment”…

“O pior eleitor não é o analfabeto que não sabe em quem votou, mas sim o letrado, que vota em corruptos, conhecendo todas as safadezas dele”. Quintino Cunha (1875-1943) advogado, poeta e pai do humorismo do Ceará.

 

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