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Fortaleza

ADOÇÃO Um plano divino

O nascimento de Jesus Cristo foi anunciado por uma estrela. Gerado no ventre de Maria, Jesus foi adotado por José, que o recebeu movido por um amor divino. Na história da humanidade, o ato de adoção do pai marca a relação de amor incondicional até os dias atuais. Ação traduzida em acolhimento: amar com o coração, dar e receber afeto. “Adoção nos permite o encontro com um ser especial que jamais poderíamos ter gerado e que se torna tão essencial às nossas vidas”, declarou, em poesia, o promotor Sávio Bittencourt no livro ‘Manual do Pai Adotivo’. Às vésperas do Natal, as nações lembram Jesus, o Salvador da humanidade, como presente divino revelado no plano de amor do Pai. A Bíblia conta que José foi visitado por um anjo que lhe disse: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher… (Mateus 1:20).

A partir de trechos bíblicos, sabemos que José foi compassivo e carinhoso com seu filho adotivo. O jovem Jesus seguiu a profissão de carpinteiro como seu pai José. É revelado também em outras passagens da Bíblia que José tratava Jesus como filho, tanto que os judeus constantemente questionavam: “Este não é Jesus, filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe?… (João 6:42). Jesus Cristo, a partir da fé de cada um, pode promover o renascimento do homem como filho adotivo de Deus. Ele tem o poder de formar e guiar os filhos adotivos para que vivam segundo a adoção recebida. A adoção, é um plano divino?


Pastor Marcos Monteiro.
Primeira Igreja Batista (Fortaleza-CE)

“Somos filhos de Deus por adoção. O ideal divino é que cada criança seja amada e criada no seio da sua família. Não existe nenhum abrigo que possa substituir o ambiente familiar, pois é na família que o amor nasce e se espalha. Dentro da nossa igreja, estimulamos a adoção, tanto que apoiamos o abrigo Davis Lar, em Aquiraz. A adoção veio, no caso de Jesus, para mostrar que a família é a base de tudo. O ato de adotar é um sentimento nobre, há aceitação e cumplicidade no ato. Deus tocou o coração de José e ele recebeu Jesus como seu filho, dando-lhe amor e educação. Jesus crescia em sabedoria. A Bíblia aponta que Jesus teve atitude de submissão aos pais, respeitando-os como deve ser. Temos, na nossa igreja, vários casais que já adotaram crianças. A família não é uma instituição criada pelo homem, Deus criou a família e a igreja. Por isso, são nossos pilares. Na sociedade ideal divina, nenhuma criança seria vitima de abandono. A família tradicional, aquela em que o homem é líder e a mulher é submissa, é o local ideal para a criação dos filhos, não nos abrigos.”

 Técio Alcoforado
Diretor de Assuntos Públicos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Fortaleza-CE)

“Adoção é aceitação. Seguindo o exemplo do ‘Salvador’ Jesus, o ato de dar amor a quem precisa se faz muito presente na nossa Igreja. A criança precisa de um lar, de uma família. Assim como José acolheu Jesus, nós temos que agir assim também. O amor que existe entre as pessoas deve ser preservado independente de ser filho biológico ou não. O Salvador é o exemplo de amor incondicional. Para nós, isso é a base de tudo. Se vemos uma criança abandonada, desgarrada, temos que ampará-la, dar forças e novas chances para que ela possa se reerguer. Quando recebeu a notícia da gravidez de Maria, José ficou espantado, com medo. Entretanto, não rejeitou Jesus como seu filho. Praticamos a caridade inspirados na vida de Jesus. Todos os 30 mil membros da nossa igreja, em Fortaleza, tem no amor, a principal força para ajudar o próximo”.

 

Pastor Samuel Munguba.
Igreja Batista (Fortaleza-CE)

“Vejo a adoção como uma ação bela e cheia de graças. Adotar é um fato que nos faz agir como Deus age. É a maneira de receber o amor divino em nossos corações como José fez com seu filho adotivo, Jesus. Segundo princípios divinos, deveríamos receber a criança adotada do jeito que ela é. Dar afeto, a quem necessita de cuidados e de atenção, é um projeto de Deus. José aceitou Jesus incondicionalmente. É assim que devemos agir e nos inspirar. A adoção é inspirada nesse modelo de José. Família é importante, pois é o local que permite que o amor seja cultivado. Temos que ser mais generosos com as crianças que não tem um lar. É preciso dar a quem não tem nada, desse modo, nos renovamos e praticamos o verdadeiro amor divino. Deus usou o ato de adoção como um exemplo a ser seguido. Ele quis nos mostrar como devemos agir e nos espalhar nos seus desígnios. Nessa ação, encontramos a fé e pudemos superar nossas fragilidades humanas”.


Padre Clairton Alexandrino de Oliveira
Vigário Episcopal da Igreja Católica (Fortaleza-CE)

“Adoção é um ato genuinamente cristão. Tudo feito no mundo já é conhecimento de Deus, inclusive a adoção. Para Ele, tudo é um eterno hoje. Nós somos adotados em Cristo, fomos recebidos como filho de Deus pelo sacramento do batismo. Nossa fé nos ensina que fomos enxertados a Jesus Cristo, tal como uma planta é. Fazemos parte do Seu corpo. Os pais podem oferecer aos filhos os mesmos ensinos de amor incondicional que José deu à Jesus. Temos que ter essa adoção com um grande exemplo de vida. As pessoas adotadas têm que se sentir mais próximas de Jesus, pois foram recebidas em amor do mesmo modo. O amor é forte, ele pode nascer, crescer e se desenvolver na família independente de relações de sangue. Temos que cultivar uma mentalidade de acolhimento. O ambiente do lar deve ser amado e respeitado assim como Deus planejou. A nossa igreja apóia a idéia da adoção. Desde muito tempo, freiras cuidam e recebem crianças órfãs. Temos que ver adoção como um ato de solidariedade divina”.

 

Pastora Gláucia Paiva.
Igreja Deus é Espírito (Fortaleza-CE)

“Muitos dizem por aí: somos todos filhos de Deus. O Evangelho segundo João, capítulo primeiro e versículo décimo segundo, declara: “Mas todos quantos o receberam (O Verbo – Jesus Cristo) deu-lhes o poder de serem filhos de Deus; aos que crêem no seu nome.”. Percebe-se por essa declaração bíblica que nós, seres humanos, nos tornamos filhos de Deus por adoção. Jesus Cristo efetivou a intermediação redentora, a qual se completa com a aceitação dos adotados.

Nos trâmites para adoção terrena, o adotante há que reunir as condições morais, afetivas e materiais indispensáveis ao seu reconhecimento como alguém apto para assumir, para abraçar, aquele ou aquela cujos pais naturais não foram capazes de amar responsavelmente. Muitas pessoas reúnem as condições imprescindíveis à adoção, sentem o desejo de fazê-lo, mas têm medo do futuro. Medo que o histórico genético do adotado possa trazer à tona posteriores crises de rebeldia, incompreensão e rejeição.

A maneira mais eficaz de superar tais resistências constitui-se em meditar e crer no direcionamento que o próprio Deus nos oferece: Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade… Além de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição. (Colossenses 3: 12-14). O apóstolo Paulo em sua Carta aos Efésios, capítulo 1, versículo 5, declara ainda que: Deus nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo. Quanto aos adotantes, cabe o prêmio inexaurível do contentamento ímpar de ser um parceiro de Deus na restauração de vidas. É tempo de restabelecer vínculos de responsabilidade amorosa com aqueles cujas marcas da rejeição, só poderão ser apagadas através do terno acolhimento que se pode efetivar, adotando-os!”
 

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