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Fortaleza

Curso de Adoção – A capacitação habilita pretendente a adoção

Para quem decide fazer o ato de amor de adotar uma criança ou adolescente, precisa no decorrer do processo, habilitar-se para fazer parte do Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Para isso, os pretendentes precisam participar do encontro preparatório psicossocial e jurídico,  denominado de curso de adoção, promovido pelo Poder Judiciário. A juíza Alda Maria Holanda Leite, responsável pela 3ª Vara da Criança e do Adolescente de Fortaleza, ressalta que é a possibilidade de os adotantes desmitificarem a adoção e saberem como devem vivenciar e sentir durante o processo, e, principalmente, se prepararem para a mudança de vida que acarreta tanto na vida dos pais como das crianças ou adolescentes adotados.

De dois em dois meses, a 3ª Vara da Infância e da Juventude promove o curso. No último dia 25, cerca de 20 pretendes participaram da capacitação. O curso que tem obrigatoriedade prevista em lei, não trabalham temáticas fechadas, contudo, informações sobre a realidade da fila do Cadastro Nacional de Adoção, o passo a passo de todo o processo, adoções tardias, adoção de grupos de irmãos, devolução de crianças aos abrigos, são temas debatidos, além da participação dos depoimentos de pessoas que já adotaram crianças. “O curso foi importante, porque me abriu os olhos para o processo. Nossas informações são limitadas e a capacitação nos ajuda nesse sentido”, disse ao jornal O Estado, Sergio Terceiro, que já participou do curso e no último dia 28 de outubro, tornou-se pai de João Miguel, de 2 anos de idade.

“O que mais me chamou atenção e me emocionou, é quando se falou nos pretendentes que iniciam o convívio com a criança e desistem, por não estarem devidamente preparados para serem pais. É um segundo trauma que elas passam”, relatou emocionado e enfatizando a importância de uma adoção na vida de uma criança, em que, muitas, crescem sem o amor materno ou paterno. Para Sergio Terceiro, apesar da burocracia, da demora, das incertezas no decorrer da caminhada, de todas as angústias, não tem nada que pague ter em seu colo, João Miguel.

Após o curso, é feita visita à residência dos interessados para elaboração de relatório psicossocial. O documento será avaliado pelo juiz que decidirá habilitar ou não a pessoa à adoção. Atualmente, nas 23 casas de acolhimento de Fortaleza, vivem cerca de 500 meninos e meninas, porém, apenas 91 crianças e adolescentes estão no Cadastro Nacional de Adoção (CNA).

Por rochana lyvian

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