Vai sumir o que restava do crédito, com juros e dólar mais altos
Senador Agripino Maia (DEM-RN) sobre a perda do selo de ‘bom pagador’ do Brasil
O novo relator do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética, deputado Marcos Rogério (PDT-RO), está sob suspeita de agir a serviço do presidente da Câmara. É que seu “voto complementar” ao parecer do ex-relator, Fausto Pinnato pode ser usado pela mesa diretora, para anular a última sessão do conselho, sob a alegação de que não pode ser aceito o “voto complementar” de algo que “não existe”, porque o primeiro relatório teria “desaparecido” com a destituição do autor.
Complementar
Aliados de Eduardo Cunha devem representar junto à mesa diretora, para anular a aprovação de um “voto complementar do que não existe”.
Resistência prometida
Presidente do conselho, José Carlos Araújo (PSD-BA), soube da trama para anular a votação do novo relatório, e promete resistir à “violência”.
Interpretação
O novo relator diz não saber da manobra para anular seu voto, mas afirma que “é uma questão de leitura e de interpretação do regimento”.
Um antigo aliado
Marcos Rogério já disputou a presidência do Conselho de Ética, com apoio de Eduardo Cunha, contra o deputado Ricardo Izar (PSD-SP).
Comissão não se acha monumento à inutilidade
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República diverge da opinião da coluna de que é um monumento à inutilidade. Em carta assinada pelo colegiado, garante cumprir seus deveres legais, reunindo-se todos os meses, e que censura ética é a pena máxima prevista no Código de Conduta da Alta Administração. A carta não cita iniciativas para o agravamento de punições previstas nesse código.
A pena máxima
Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, ex-diretores da Petrobras, foram punidos com “censura ética” pela Comissão de Ética Pública.
Traquinagem
“Censura ética” para tipos como Nestor Cerveró, presos por roubar a Petrobras, é tão grave quanto dizer-lhes que “roubar é feio”.
Chave de ouro
A última reunião do ano da Comissão de Ética foi segunda (14), mas é datada de agosto a ata mais recentemente disponibilizada em seu site.
Falta pouco para prender
A delação de Ricardo Pernambuco, da Carioca Engenharia, foi decisiva para a busca e apreensão contra Eduardo Cunha, na terça. Revelou o pagamento de propina de R$ 52 milhões a Cunha, depositada na Suíça e em Israel, para liberar dinheiro dos investimentos do FI-FGTS.
Vade retro, PT
Levantamento do Instituto Paraná revelou que 51,2% dos cariocas não têm vontade de se filiar a partidos políticos e 48,5% são radicais: não se filiariam ao PT em nenhuma hipótese.
Serventia da casa
Joaquim Levy (Fazenda) já anunciou a própria demissão tantas vezes que ninguém o leva a sério. Quando se falou em reduzir a meta fiscal de 0,7% para 0,5% do PIB, declarou: “Aí, eu estou fora”. Lorota.
Meta em dobro
A redução da meta fiscal virou motivo de chacota no Congresso. “A presidente da República já avisou que se não atingir a meta ela dobra a meta”, debochou o presidente do Senado, Renan Calheiros.
Chá de xadrez
Desde o dia 25, Delcídio do Amaral (PT-MS) dorme num colchonete em uma sala da PF, em Brasília. O Supremo Tribunal Federal autorizou sua transferência para quartel da PM-DF, mas isso ainda não aconteceu.
Os mais admirados
A 10ª edição do anuário Análise Advocacia, ainda mais aprimorado, revela os advogados mais admirados do Brasil. Nelson Williams é o maior escritório, mas os mais lembrados na pesquisa são Pinheiro Neto Advogados, no País, e Paixão Côrtes e Advogados, em Brasília.
Ele acordou
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), parece haver despertado de longa soneca. Abriu ação até contra o colega Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que alega perseguição.
Vai aumentar
“Faltaram 14 votos na votação da chapa da oposição que formará a comissão do impeachment”, afirma o deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), prevendo que a situação de Dilma é pior do que os 272×199.
Vanguarda do atraso
Após proibir mensagens de WhattsApp, por 48 horas, agora só falta as autoridades obrigarem os brasileiros a utilizar sinais de fumaça para se comunicar.
o poder sem pudor
O Lott de FHC
Quando ouviu de FHC, em primeira mão, que José Serra seria o candidato do Governo a Presidente, em 2002, o então presidente da estatal Furnas Centrais Elétricas, Luiz Carlos Santos, saiu-se com esta:
— O senhor vai repetir JK, presidente: será reconhecido pela História, mas não conseguirá eleger o próprio sucessor.
— Você acha Serra tão ruim assim?
— Serra é o Lott alfabetizado, presidente – respondeu Santos.
Candidato do JK, o general Henrique Teixeira Lott perdeu a eleição. Serra também.