27.8 C
Fortaleza

A farsa na História

Segundo afirmava Karl Marx, em relação à História, esta “se repete, primeiro, como tragédia; a segunda como farsa”. De modo amplo, tinha razão o pai do socialismo: a História, pelo menos em termos de Ocidente, não passa de uma sequência interrupta de repetições em seus episódios históricos. Os exemplos são muitos e um deles tem muito a ver com o nosso Brasil. Nos anos imediatamente anteriores ao dia 2 de julho de 1791, quando o populacho francês, enfurecido, tomava a Bastilha, dando início ao fim da “monarquia dos Luises (eles foram 20)”, o Poder Legislativo, ou Parlamento de Paris, era dividido entre Clero, Nobreza e Estados Gerais, sendo que os dois primeiros, unidos, dominavam todas as votações com os votos por partido. Derrubada a monarquia, acabou esse sistema injusto. Pois, no Brasil, acabamos de constatar algo semelhante, mesmo que em circunstâncias e forma diferentes. As decisões legislativas, que antes eram apenas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, têm, agora, também o bedelho do STF. Diante dessa inusitada situação, as condições assim se apresentam: se a Câmara toma qualquer decisão contra os interesses do Poder Executivo é, de imediato, contrariada pelo Senado. Se permanecer o empate, os ministros do STF, em sua grande maioria nomeados pelos presidentes petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff, “desempatam” a parada pró-Planalto. Desse modo, se a História já se repetiu no Brasil em forma de tragédia, como nos casos das quedas de Getúlio e de Jango, apresenta-se agora em forma de farsa, com o Judiciário “legislando” em parceria com o Senado, e a Câmara limitando-se, até agora, a engolir tal intromissão.

Dinamismo e coragem
O falecimento do desembargador José Maria de Melo deixa a Justiça e o Ceará órfãos de um dos seus mais dinâmicos representantes. Com arrojo e visão, construiu o Fórum Clóvis Beviláqua, construiu fóruns em todo o Estado e tornou realidade o projeto da Fermoju.

Desmantelo
Para o ex-presidente da Fiec, Fernando Cirino, o país atravessa um “momento de “desmantelo”, que só tende a se agravar, se houver mais aumentos de juros e impostos”.

Um pra lá…
Entre as mais recentes e surpreendentes declarações da presidente Dilma, destaca-se aquela em que ela nega ser o “impeachment” golpe, mas “um instrumento constitucional”.

…um pra cá
Já o deputado José Guimarães, o esgotado líder do Governo na Câmara, contradiz a chefe Dilma, ao insistir em que o “impeachment” é uma tentativa de “golpe” de quem perdeu a eleição…

O governador…
…Camilo evita se comprometer com um reajuste já para os servidores. Prefere defender a manutenção de um diálogo permanente com representantes da categoria sobre o problema.

Sente muito…
…a Justiça e o Ceará, com o passamento do desembargador José Maria de Melo. Com coragem e visão, dotou o Estado do Fórum Clóvis Beviláqua, um dos mais importantes do país.

Transparência
O senador Tasso (PSDB) defende projeto de sua autoria, criando novos recursos legais para que a sociedade possa impedir os escândalos nas empresas estatais e de economia mista.

Temendo perder…
…mais do que já perdeu em termos eleitorais, o PT decidiu se empenhar para que a reforma das aposentadorias, sumidouro de votos, só seja feita depois das eleições de 2016.

Petistas…
…do Ceará, em pânico: levantamento na Câmara dos Deputados sobre a “janela” para a troca de partido revela: esse partido vai “sangrar” com a debandada para outros partidos.

Tem mais…
…sobre o assunto: essa fuga em massa de deputados para outras siglas atinge também de cheio PP, PSD e PR. De portas abertas para os deputados que saem, o PSDB, PSB e o SD.

“Rombo”…
…mesmo, vai sofrer o PDT. Não soube segurar o senador Cristóvam Buarque, esquecido no processo sucessório, em favor de Ciro Gomes, e tem um pé dentro do PPS, que faz a festa.

Com uma…
…rejeição em torno de 60%, o ex-presidente Lula vive momento jamais imaginado. E o que é pior: Dilma, também no fundo do poço, nada pode fazer para ajudar o seu patrono.

Troca-troca
Para o experiente deputado Antonio Granja (PPS) se a troca de sigla com a “janela” será grande entre deputados, o pior será entre prefeitos e vereadores, gerando grande confusão.

“A lama moral que emporcalha a política já leva os partidos a terem dificuldades para indicar candidatos de ficha limpa”. Senador Cristóvam Buarque (ainda no PDT).

Mais Lidas

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img