A farsa na História
Segundo afirmava Karl Marx, em relação à História, esta “se repete, primeiro, como tragédia; a segunda como farsa”. De modo amplo, tinha razão o pai do socialismo: a História, pelo menos em termos de Ocidente, não passa de uma sequência interrupta de repetições em seus episódios históricos. Os exemplos são muitos e um deles tem muito a ver com o nosso Brasil. Nos anos imediatamente anteriores ao dia 2 de julho de 1791, quando o populacho francês, enfurecido, tomava a Bastilha, dando início ao fim da “monarquia dos Luises (eles foram 20)”, o Poder Legislativo, ou Parlamento de Paris, era dividido entre Clero, Nobreza e Estados Gerais, sendo que os dois primeiros, unidos, dominavam todas as votações com os votos por partido. Derrubada a monarquia, acabou esse sistema injusto. Pois, no Brasil, acabamos de constatar algo semelhante, mesmo que em circunstâncias e forma diferentes. As decisões legislativas, que antes eram apenas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, têm, agora, também o bedelho do STF. Diante dessa inusitada situação, as condições assim se apresentam: se a Câmara toma qualquer decisão contra os interesses do Poder Executivo é, de imediato, contrariada pelo Senado. Se permanecer o empate, os ministros do STF, em sua grande maioria nomeados pelos presidentes petistas Lula da Silva e Dilma Rousseff, “desempatam” a parada pró-Planalto. Desse modo, se a História já se repetiu no Brasil em forma de tragédia, como nos casos das quedas de Getúlio e de Jango, apresenta-se agora em forma de farsa, com o Judiciário “legislando” em parceria com o Senado, e a Câmara limitando-se, até agora, a engolir tal intromissão.
Dinamismo e coragem
O falecimento do desembargador José Maria de Melo deixa a Justiça e o Ceará órfãos de um dos seus mais dinâmicos representantes. Com arrojo e visão, construiu o Fórum Clóvis Beviláqua, construiu fóruns em todo o Estado e tornou realidade o projeto da Fermoju.
Desmantelo
Para o ex-presidente da Fiec, Fernando Cirino, o país atravessa um “momento de “desmantelo”, que só tende a se agravar, se houver mais aumentos de juros e impostos”.
Um pra lá…
Entre as mais recentes e surpreendentes declarações da presidente Dilma, destaca-se aquela em que ela nega ser o “impeachment” golpe, mas “um instrumento constitucional”.
…um pra cá
Já o deputado José Guimarães, o esgotado líder do Governo na Câmara, contradiz a chefe Dilma, ao insistir em que o “impeachment” é uma tentativa de “golpe” de quem perdeu a eleição…
O governador…
…Camilo evita se comprometer com um reajuste já para os servidores. Prefere defender a manutenção de um diálogo permanente com representantes da categoria sobre o problema.
Sente muito…
…a Justiça e o Ceará, com o passamento do desembargador José Maria de Melo. Com coragem e visão, dotou o Estado do Fórum Clóvis Beviláqua, um dos mais importantes do país.
Transparência
O senador Tasso (PSDB) defende projeto de sua autoria, criando novos recursos legais para que a sociedade possa impedir os escândalos nas empresas estatais e de economia mista.
Temendo perder…
…mais do que já perdeu em termos eleitorais, o PT decidiu se empenhar para que a reforma das aposentadorias, sumidouro de votos, só seja feita depois das eleições de 2016.
Petistas…
…do Ceará, em pânico: levantamento na Câmara dos Deputados sobre a “janela” para a troca de partido revela: esse partido vai “sangrar” com a debandada para outros partidos.
Tem mais…
…sobre o assunto: essa fuga em massa de deputados para outras siglas atinge também de cheio PP, PSD e PR. De portas abertas para os deputados que saem, o PSDB, PSB e o SD.
“Rombo”…
…mesmo, vai sofrer o PDT. Não soube segurar o senador Cristóvam Buarque, esquecido no processo sucessório, em favor de Ciro Gomes, e tem um pé dentro do PPS, que faz a festa.
Com uma…
…rejeição em torno de 60%, o ex-presidente Lula vive momento jamais imaginado. E o que é pior: Dilma, também no fundo do poço, nada pode fazer para ajudar o seu patrono.
Troca-troca
Para o experiente deputado Antonio Granja (PPS) se a troca de sigla com a “janela” será grande entre deputados, o pior será entre prefeitos e vereadores, gerando grande confusão.
“A lama moral que emporcalha a política já leva os partidos a terem dificuldades para indicar candidatos de ficha limpa”. Senador Cristóvam Buarque (ainda no PDT).