A CVC, maior agência de viagens do país, conhecida pela oferta de pacotes de turismo de massa com preços acessíveis, teve de se adaptar ao cenário de 2015, que espantou o turista de menor renda.
Adotou uma estratégia de diversificação e ampliou seu portfólio com produtos mais adequados ao público que restou, aquele que é menos sensível às turbulências econômicas.
A empresa abriu uma frente e treinou sua equipe para começar a vender bilhetes em classe executiva para viagens de lazer. Antes, as vendas de passagens executivas eram praticamente irrelevantes no dia a dia da companhia.
Uma estratégia semelhante foi escolhida para o serviço de aluguel de veículos, que ganhou uma operação independente e a criação de roteiros específicos.
O perfil do turista que aluga carros é o de um viajante iniciado, diferente daquele que procura excursões. Ao mesmo tempo, o modelo representa maior custo-benefício, oportuno no momento.
Para conseguir oferecer tarifas mais atraentes, a companhia também passou a fazer em 2015 negociação direta com fornecedores de hotelaria no exterior.
“Como as companhias aéreas começaram a fazer promoções de passagens, esse turista pode pagar um pouco mais no restante da viagem, experimentar alguns luxos”, diz Luiz Eduardo Falco, presidente da CVC.
O objetivo é eliminar o estereótipo de uma agência voltada à classe C, que só tem pacotes e excursões.
Segundo a CVC, atualmente, 75% de seus clientes pertencem às classes AB e apenas 25% estão na classe C.
EXOTISMO
De acordo com Falco, os chamados destinos exóticos, que atraem viajantes mais experientes, se destacaram.
São lugares como África do Sul, Maldivas, Nova Zelândia, Tailândia e Austrália. Todos tiveram alta superior a 40% na receita no acumulado de janeiro a setembro do ano passado sobre 2014.
Fonte: Folha Press