30.1 C
Fortaleza

Pesadelo

 

Se o setor imobiliário tivesse de escolher uma palavra para se lembrar de 2015, ela certamente seria “distrato” – jargão usado pelas empresas, e agora também conhecido dos consumidores, para devolução de imóveis comprados na planta. Esse foi o pesadelo de incorporadoras e proprietários de imóveis novos no ano passado, quando o setor registrou recordes históricos no volume de devoluções. O levantamento recente da agência de classificação de riscos Fitch, com nove companhias, mostra que, de cada 100 imóveis vendidos, 41 foram devolvidos de janeiro a setembro de 2015. Isso significa quase R$ 5 bilhões de volta às prateleiras das grandes empresas. Historicamente, o porcentual de distratos girava em torno de 10%, um patamar saudável para a indústria. Os distratos sempre existiram, mas eram exceção, pois o comprador que decidia se desfazer de uma unidade até a entrega das chaves, em geral, conseguia negociá-lo com outro interessado por um valor maior do que tinha desembolsado até ali. Agora, vender “por fora” significa perder dinheiro, já que o preço do imóvel está em queda, e as incorporadoras estão cheias de unidades para desovar. Antes, o consumidor comprava um imóvel por R$ 100 mil na planta, vendia por R$ 150 mil e embolsava a diferença.

Reajuste
Aposentados e pensionistas do INSS que recebem benefícios com valor acima de um salário mínimo, de R$ 880, terão seus benefícios reajustados em 11,28% em 2016, segundo portaria dos ministérios da Fazenda e da Previdência Social publicada no “Diário Oficial da União” ontem. O valor refere-se à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor do ano passado, divulgado pelo IBGE. Ele serve de referência para a correção dos benefícios previdenciários. Com isso, o teto da Previdência Social para 2016 fica em R$ 5.189,82. No ano passado, o reajuste dos benefícios havia sido de 6,23%.

Remanejo
Nos últimos dias de 2015, o governo Dilma remanejou, por meio de medida provisória, R$ 31,4 bilhões do que arrecadou de royalties do petróleo destinados à saúde e à educação. O dinheiro foi para pagar subsídios aos empresários que pegaram empréstimos baratos junto aos bancos federais.

Tráfego
A Latam Airlines, maior grupo de transporte aéreo da América Latina, divulgou alta anual de 2,7% no tráfego de passageiros em 2015, apoiado nas operações em países de língua hispânica e de longa distância, que contrastaram com baixa no mercado brasileiro. No Brasil, o transporte de passageiros teve contração de 10,6% em dezembro, acumulando baixa de 2,6% no ano passado. A empresa, com sede em Santiago, informou também que o tráfego de carga diminuiu 12% em 2015, devido, especialmente, à debilidade no mercado doméstico e internacional no Brasil.

Moradia
A Lopes Immobilis reuniu 10 grandes construtoras do Ceará para a realização do primeiro evento voltado exclusivamente para comercialização de imóveis de praia – o 1º Beach Fest Imobiliário. Praticamente todo o mercado dos chamados “Empreendimentos de Segunda Moradia” disponíveis na atualidade serão ofertados no evento, com cerca de 700 unidades em diversas praias do Estado, desde o litoral leste ao, com preços variados para os mais diversos perfis de consumidores. A expectativa é fechar R$ 15 milhões em vendas durante todo o evento, que começa dia 15 de janeiro, com duração de 15 dias, e será realizado no shopping Iguatemi (na praça em frente à loja Centauro).

Juros caem
O Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo) identificou queda na taxa média de juros do cheque especial e do empréstimo pessoal em levantamento feito no dia 5 de janeiro. Nos sete bancos pesquisados, a taxa média para o cheque especial foi 12,52% ao mês (a.m.), 0,03 ponto percentual menor que no mês anterior, de 12,55% ao mês. Já no empréstimo pessoal, a taxa média de juros dos bancos pesquisados foi 6,37% a.m., inferior ao mês anterior, que foi 6,39% a.m., queda de 0,02 ponto percentual. A pesquisa inclui as principais instituições financeiras do País como: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, HSBC, Itaú, Safra e Santander.

Financiamentos crescem

A parcela de brasileiros que entraram o ano com algum tipo de financiamento saltou de 25% em 2015 para 37% em 2016, aponta pesquisa do instituto Ipsos encomendada pela Fecomércio, do Rio de Janeiro. O levantamento também mostrou que os consumidores estão com maior intenção de parcelar o pagamento de despesas típicas de início de ano, como IPTU, IPVA, matrícula e material escolar. Os parcelamentos mais presentes neste início de 2016 se referem a cartão de crédito e carnê, com 55% e 39%, respectivamente. No ano anterior, essas modalidades também estavam entre as mais citadas, ambas com 42%.

Mais Lidas

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img