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Indo pra longe

 

Em apenas cinco dias, US$ 1,11 bilhão deixaram a economia brasileira, segundo números divulgados pelo Banco Central. A saída de valores foi registrada na primeira semana de 2016. Em todo o ano passado, houve ingresso de recursos no Brasil, no valor de US$ 9,4 bilhões, revertendo as retiradas registradas em 2013 e 2014. A saída de valores favoreceria, em tese, a alta do dólar. Isso porque, com mais moeda norte-americana no mercado, seu preço tenderia, teoricamente, a ficar maior. De fato, a moeda norte-americana começou este ano pressionada e subiu na semana passada.

De novo
Em 2013, a classe D/E foi a mais auspiciosa para o mercado de consumo. Em 2014, nenhum estrato se destacou. Agora a classe baixa voltou a surpreender ao alcançar 13% de crescimento das compras em valor no ano móvel de 2015, em comparação com o mesmo período de 2014. Em volume, o estrato comprou 5,3% a mais. Na classe C, A Kantar Wolrdpanel apurou queda de 6,7% em volume, mas variação positiva de 0,99% em valor. Em contrapartida, a A/B recuou. Os mais ricos compraram 2,9% menos em valor e 9,2% menos em quantidade de produtos. No primeiro semestre, ficou clara a retração da classe alta, que apresentou os piores indicadores nesse sentido. No estrato A/B1, a variação do volume médio foi de -12% e, em valor, de -3% em relação à primeira metade de 2014.

Reservatórios
Os principais reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste atingiram 32,29% de armazenamento, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico. O número representa um aumento de 91% em relação a janeiro de 2015, quando o armazenamento era de 16,84%. Em relação a janeiro de 2014, houve queda de 19,83%. Há dois anos, o armazenamento para o mesmo mês era de 40,28%. No mês, o volume armazenado nos reservatórios aumentou 8,28%. Em dezembro de 2015, o percentual de energia armazenada era de 28,82%.

Varejo
As vendas do varejo brasileiro registraram em novembro o pior resultado em 12 anos. Na comparação com o mesmo mês de 2014, o recuo foi de 7,8%, o maior desde março de 2003, quando a retração passou de 11%, segundo dados do IBGE. Já em relação a outubro, o comércio brasileiro mostrou sua segunda alta seguida, de 1,5%, depois de registrar resultados seguidamente negativos durante o ano de 2015, que acumula baixa de 4% no volume de vendas.

A queda dos PCs
As previsões para 2015 eram conservadoras, mas o resultado da indústria de PCs surpreendeu até mesmo os analistas mais pessimistas. Números divulgados pela consultoria IDC indicam que o ano terminou com retração de 10,6% nas vendas, a pior queda da história. Pela primeira vez desde 2008 foram comercializadas menos de 300 milhões de unidades. O cenário é negativo, mas há espaço para produtos inovadores. A Apple registrou crescimento de 6,2% nas vendas e encerrou o ano como a quarta maior fabricante, atrás de Lenovo, HP e Dell.

Rentabilidade
Desemprego, aumento significativo da inflação, aumento da taxa de juros, explosão do dólar, corrupção, desconfiança, crise econômica e política, perda real do poder de compra do brasileiro, e, consequentemente, baixas vendas, queda da rentabilidade.

O cenário
Os pilares básicos que fortaleciam o consumo (renda, emprego, crédito, e até mesmo o Bolsa Família) estão longe dos patamares de anos anteriores, apresentam resultados negativos e o endividamento e inadimplência assombram as famílias. Assim é o retrato do ano de 2015. Ufa! Um cenário nada animador.

 

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