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Petrobras desvalorizada

 

O petróleo perdeu quase um quarto do seu valor nos poucos dias, desde a virada do ano, mas o barril não despencou sozinho. As dez maiores produtoras da commodity no mundo com ações listadas em bolsa vêm sofrendo tombos sucessivos na cotação dos seus papéis em 2016, acumulando, juntas, desvalorização de aproximadamente R$ 463 bilhões (US$ 115 bilhões) em valor de mercado — quase equivalente ao de uma gigante como a Royal Dutch Shell. Mas a Petrobras vem se destacando quando o assunto é perda, experimentando encolhimento percentual de 27,2% (em reais) no ano, acima do registrado pelas concorrentes. O recuo da estatal equivale a R$ 27,6 bilhões, passando a valer R$ 73,8 bilhões — apenas 14,4% do seu auge, em maio de 2008, quando bateu R$ 510,4 bilhões.

Baixa
Quase 260 mil postos de trabalho já foram perdidos no setor de petróleo e gás, em todo o mundo, desde o início da queda dos preços da commodity, e há estimativas de que o número passe dos 300 mil. Levantamento feito pela consultoria Graves & Co. aponta que as demissões já atingiram 259.484 trabalhadores.

Confiança abalada
A confiança dos executivos em relação ao crescimento da economia mundial sofreu queda significativa. A mais recente pesquisa da PwC com CEOs das maiores empresas globais mostra que apenas 27% dos CEOs acreditam que a economia irá melhorar nos próximos 12 meses, ante 37% em 2015. E cerca de um terço (35%) está muito confiante no aumento de receitas de suas respectivas empresas, quatro pontos percentuais a menos do que no ano passado (39%).

Incertezas
A desaceleração da economia na China, a queda nos preços do petróleo e a instabilidade causada pelas questões geopolíticas contribuem para o aumento da incerteza em relação às perspectivas de crescimento da economia e dos negócios. No Brasil, 39% dos líderes empresariais preveem melhoria no cenário econômico em 2016. Entre os norte-americanos, o índice de otimismo é um dos mais baixos registrados na pesquisa, 16%, metade do verificado em regiões como a Europa Ocidental, 33%, e no Oriente Médio, 34%.

Multadas mesmo
As operadoras de telefonia TIM e Vivo terão de pagar nos próximos 30 dias, as multas aplicadas pela Secretaria Nacional do Consumidor, do Ministério da Justiça, por causa de irregularidades em promoções. As penalidades haviam sido aplicadas às duas empresas em 2013, mas elas recorreram da determinação. Após análise, o Governo manteve as multas.

Contra
Corrupção e suborno foram citados como ameaça aos negócios por 83% dos executivos brasileiros ouvidos em recente pesquisa da PwC, com chefes de todo o mundo. O custo da energia apareceu em segundo lugar, mencionado por 74% dos entrevistados no Brasil, e a falta de confiança na atividade empresarial ficou em terceiro lugar, apontado por 67%.

Corte de voos

A Gol Linhas Aéreas anunciou, através de nota, que a partir de fevereiro, vai deixar de fazer voos regulares para Miami e Orlando, nos Estados Unidos. Esses voos passarão a ser sazonais, ou seja, serão realizados apenas no período de alta temporada. “A Gol sempre trabalhou a sua malha de forma flexível para ajustar a oferta aos movimentos sazonais e adequar-se à demanda do mercado”, declara a empresa, através de nota.

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