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Fortaleza

Ministro é Wagner, mas quem manda é Mercadante

[O Governo] está dando péssimo exemplo
Eduardo Cunha, para quem Dilma não fez os cortes e ainda aumenta impostos
É falsa a impressão de que Aloizio Mercadante perdeu poder, ao trocar a Casa Civil pelo Ministério da Educação. Ele continua tomando as decisões mais importantes da Casa Civil, por delegação da presidente Dilma, que confia no seu taco e sua disposição para enfrentar extensas jornadas de trabalho. Bem ao contrário do atual titular da Casa Civil, Jaques Wagner, adepto de um certo ritmo dengoso de levar a vida.

Antipatia comum
Assim como o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, Aloizio Mercadante saiu da Casa Civil por exigência do ex-presidente Lula.

Sequestro
Lula desabafou contra Mercadante a um grupo de senadores aliados, certa vez, acusando-o de haver “sequestrado o governo”.

Plano B
Lula indicou Jaques Wagner para servir como seus “olhos e ouvidos” no Planalto. E Dilma pôs Mercadante no MEC para mantê-lo por perto.

Ruim de serviço
Dilma logo perceberia, após nomeá-lo, que Wagner é simpaticão, e só. É bom de papo, mas ruim de serviço. Ela pediu socorro a Mercadante.
Governo pretende demitir diretor-geral da PF
Para blindar o ex-presidente Lula na Lava Jato, Dilma acertou a demissão do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra, no cargo desde 2011. Para evitar desgaste e acusações de tentar interferir nas investigações, Dilma vai mantê-lo por mais dois meses. Depois, o novo ministro da Justiça, Wellington César, deve nomear o atual secretário da Segurança da Bahia, Maurício Teles Barbosa.

Costa quente
Maurício Teles também é vinculado ao ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner, autor da indicação do novo ministro da Justiça.

Ordens judiciais
Lula tem se queixado a aliados da “falta de controle”, mas ele ignora que a Polícia Federal segue ordens e cumpre mandados da Justiça.

Moro mete medo
D. Marisa morre de medo do “japonês da Federal” na sua porta. Por isso, Lula tenta se livrar, no STF, da mão pesada do juiz Sergio Moro.

Isso não pode
O partido Rede, de Marina Silva, é acusado de burlar o regimento do Congresso: estão lotados na liderança do partido, sem sequer aparecer no Senado, funcionários que atuam em Macapá sob “regime especial”.

Defesa é ataque
Acuado por denúncias de corrupção, Eduardo Cunha acredita que a saída para sobreviver à Lava Jato é arrumar novas brigas com o Governo. Ele deseja a todo custo liderar o impeachment de Dilma.

Caixa-preta sindical
O deputado Sóstenes Cavalcante (PSD-RJ) anunciou que coletará assinaturas para uma CPI destinada a investigar os sindicatos, “que se tornaram uma caixa-preta no governo do PT”.

Voando alto
Em janeiro e fevereiro, a Câmara gastou, R$ 372 mil com a emissão de passagens aéreas para os deputados federais. Tudo pago pelos contribuintes, que se viram para pagar as próprias passagens.

Falta assinar
O deputado Marcos Rogério (RO), relator do processo contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no Conselho de Ética, deve sair do PDT. Usará a “janela” para vestir a camisa do DEM, na oposição ao Governo.

Ética? Tô fora
Mesmo com cerimônia marcada para o Planalto, Dilma não deve dar as caras na posse do próximo presidente da Comissão de Ética Pública da Presidência, Mauro Menezes. O evento será no dia 13.

Sobrevivência
Petistas estão muito animados com a janela de infidelidade partidária. Caso não consigam se desvincular da péssima imagem do Governo Dilma, suas excelências pensam em mudar de partido. E rápido.

Aviso prévio
De tanto ver triunfar as nulidades, de prosperar a desonra, de crescer a injustiça, de agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, como diria Rui Barbosa, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), honrosa exceção em seu meio, anda muito desiludido com a política.

Pensando bem…
…quando a última “República Baiana” chegou, no fim do Império, esperava-se um líder crescer. Agora espera-se um líder cair.

o poder sem pudor

Um chato de botina
O Ato Institucional nº 5 (AI-5), que instaurou a ditadura no Brasil, teve muitos personagens, mas pouco se falou do chefe do Gabinete Militar do general-presidente Costa e Silva. O general Jayme Portella tinha fama de ultradireitista e de ultrachato. Um jornalista perguntou a um oficial do Gabinete Militar, na época, se o general Jayme era mesmo mal-humorado ou era só aparência.
– É verdade – respondeu o oficial, com sinceridade – Ele é tão complicado que calça 40, mas usa 37 só pra conservar o mau humor.

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