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Desanimado e pessimista, Lula teme ser preso

…e ainda tem a Zelotes
Ex-presidente Lula a senadores, pessimista quanto à sua situação de investigado

Foi amargo o café da manhã oferecido ao ex-presidente Lula pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB). Estava depressivo e “muuuuito para baixo”, como acentuou um dos mais importantes senadores presentes ao encontro, que destacou o “clima de enterro”. Lula manifestou o temor de ser preso por ordem do juiz Sérgio Moro, que, segundo ele, “força a barra” para isso. Ele pediu a reunião para expor aos aliados sua versão sobre as acusações contra ele.

Borocoxô
Lula permaneceu calado, durante a maior parte do café da manhã, e ao contrário de outros encontros do gênero, ele não sorriu uma só vez.

Que Dilma?
O rompimento do PMDB com Dilma não foi tema do café da manhã, até porque não havia quorum: só apareceram quatro senadores do partido.

Desta não escapa
Lula disse estar “muito preocupado” com a delação de Marcelo Odebrecht, antecipada nesta coluna, por insistência do pai dele, Emílio.

Desta também não
O ex-presidente acha que que Leo Pinheiro, da OAS, “foi obrigado” a fazer delação. E deixou claro que dessa ele também não sairá ileso.

Dilma faz nova grosseira a presidente português
O professor de Direito Marcelo Rebelo de Sousa, que derrotou os socialistas nas urnas, tomou posse como presidente de Portugal sem receber do governo do Brasil a saudação recomendada pela relação fraternal entre os dois países. Não mereceu nem mesmo cumprimentos protocolares devidos a qualquer novo governante. Dilma adiciona aos seus conhecidos caracteres antipáticos mais este: a falta de educação.

Grosseria
Dilma tinha sido grosseira com Rebelo de Sousa: não o cumprimentou pela vitória, como é comum entre dignitários de ambos os países.

Diplomacia
Salvou a Pátria o embaixador brasileiro Mário Vilalva, que não perderia a posse do amigo pessoal Marcelo Rebelo de Sousa.

Sois rei?
O ex-presidente FHC também foi à posse do novo presidente português. Ficou ao lado de Felipe VIII, rei da Espanha.

Seu nome é pessimismo
Lula mostrou-se aos senadores muito pessimista com a sua situação de investigado. Ele espera o pior: a prisão. “E ainda tem a Zelotes”, murmurou. Ele não acredita na recuperação da economia “tão cedo”.

Sem vontade
O ex-presidente Lula não conversou sobre rompimento do PMDB com o Governo, tampouco sobre impeachment e nem sequer se manifestou quando bajuladores presentes sugeriram que virasse ministro de Dilma.

Eu, a árvore
É visível o declínio de Lula: nunca na história deste País senadores saíram de uma reunião antes dele. Lula reclamou: “Parece um monte de passarinhos numa árvore; um a um vai saindo até ficar só a árvore”.

Bronca no articulador
Lula também reclamou do Líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), por ter sido o último a chegar ao café da manhã. E foi ele quem articulou a reunião, apelando à presença dos senadores.

Sem testemunha
Desolado, Lula disse a senadores que não conta com a testemunha da sua versão da compra do sítio. É que, segundo ele, Jacó Bittar, amigo e sindicalista, foi quem deu o dinheiro do negócio ao filho Fernando Bittar (sócio de Lulinha). Mas Jacó estaria com Alzheimer avançado.

Marisa está mal
Após contar sua versão sobre o apartamento do Guarujá e o sítio de Atibaia, durante o café da manhã, um senador perguntou a Lula como está sua mulher, Marisa. Ele olhou para baixo e respondeu: “Está mal”.

Conflito a caminho
O “exército de Stédile” chegou a Brasília em dezenas de ônibus pagos com dinheiro do contribuinte. Eles querem intimidar a manifestação pró-impeachment, domingo. Se a Polícia Militar cumprir a obrigação de fazer abordagem, recolherá um enorme arsenal de armas brancas.

Novo secretário
O deputado federal Valdir Rossoni (PSDB) anda pensativo, mas particularmente animado. Ele foi convidado a assumir a chefia da Casa Civil do governo de Beto Richa, no Paraná. Deve aceitar.

Pensando bem…
…o abatimento do ex-presidente Lula, no café da manhã com senadores, tinha a maior pinta de consciência pesada.

o poder sem pudor

Na ânsia de agradar os juízes, o então governador Esperidião Amin (SC) cometeu uma gafe, em discurso no Congresso dos Magistrados Trabalhistas, em Blumenau. Ele citou um julgamento envolvendo o Estado:
– Estava perdendo o julgamento e mandei uma cartinha para os juízes. A cartinha acabou ajudando os juízes a decidirem a nosso favor.
– Não recebi cartinha nenhuma! – retrucou depois, irritado, o presidente do TST na época, ministro Francisco Fausto – juiz não recebe cartinha! Na verdade, os procuradores catarinenses enviaram aos juízes um memorial, documento de praxe utilizado em qualquer julgamento.

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