O símbolo da cidade maravilhosa vive nesta noite, a partir das 20h, um momento histórico: pela primeira vez, o monumento ao Cristo Redentor veste um traje típico de outro país. Com uma ação de projeção em videomapping, ele está vestido com um Hanbok, roupa tradicional coreana, representando a união entre os dois países. E amanhã (sábado), das 19h às 20h, o monumento será iluminado com as cores da bandeira da Coreia do Sul.
O mapping no monumento ao Cristo Redentor é organizado pelo Centro Cultural Coreano, Embaixada da Coreia, Prefeitura de Jinju e Ana Cláudia Guimarães/Scuola di Cultura. O Hanbok a ser projetado foi selecionado com a ajuda do designer sul-coreano Jin Hee Lee, que é embaixador da seda de Jinju.
“Este Hanbok se chama Cheollik e foi utilizado pelo ator Min Namgoong no drama histórico “Lovers” (2023). A cor azul representa o nascimento da primavera e da vida, sendo uma das cinco cores tradicionais coreanas. Na bandeira do Brasil, o azul simboliza o céu e os rios. O cinto do traje possui também as cores do logo do G20, que acontecerá em novembro no Brasil. Nós esperamos que a projeção da roupa tradicional coreana no Cristo fortaleça a relação de amizade entre a Coreia e o Brasil”, explica o designer Jin Hee Lee.
Cheul-Hong Kim, diretor do Centro Cultural Coreano no Brasil, reconhece a importância do mapping no Cristo Redentor, já que tal permissão é concedida para poucas instituições e, geralmente, apenas para ocasiões muito importantes, como em homenagem ao rei do futebol, Pelé, no aniversário de um ano de sua morte. “O mapping da vestimenta tradicional coreana só foi possível graças ao amor crescente dos brasileiros pela cultura coreana. Gostaria de expressar minha sincera gratidão a todos”, afirma o diplomata.
Além da ação de mapping, Padre Omar, reitor do Santuário Arquidiocesano Cristo Redentor, e o embaixador da Coreia, Lim Ki-mo, se reuniram para a gravação da música “Tá Escrito”, de Xande de Pilares, escolhida em parceria por ambos. Gênero musical admirado pelo embaixador, o samba é uma ponte entre as culturas a partir da mensagem de esperança e alegria: “O samba une a gente (삼바가 우리를 이어줍니다)”, diz Ki-Mo Lim em sua língua materna durante o clipe, que pode ser assistido aqui. O princípio de colaboração e pluralidade encontrado no clipe estende-se para 2027, quando a Coreia do Sul receberá a Jornada Mundial da Juventude pela primeira vez, momento de encontro entre milhares de pessoas de diferentes países.
“Um momento muito especial no nosso Cristo Redentor. Um momento que vem caracterizado pela integração entre o nosso país, o Brasil, que é tão amado em todo o mundo, e a Coreia do Sul, que traz uma energia muito especial e que será sede da próxima Jornada Mundial da Juventude. Certamente, não foi à toa que a Igreja Católica escolheu aquele país que é tão querido. Ali é o país em que mais cresce o catolicismo. Muitas mediações serão realizadas a partir desse encontro entre culturas. Estamos certos que o Cristo Redentor, como símbolo, é aquele que agrega, reúne, traz para o coração. E dessa maneira, a gente vai poder estabelecer esse vínculo de amor entre países. Viva a relação entre Brasil e Coreia do Sul! Que possamos celebrar este encontro que favorecerá a construção de uma cultura de paz”, destaca Padre Omar.
Com a parceria do Santuário Cristo Redentor, será realizada a exposição “Luzes da Coreia – Festival de Lanternas de Jinju”, a maior exposição de arte da Coreia do Sul já realizada no Brasil. O público será convidado para um mergulho em uma das mais populares tradições culturais coreanas no salão Principal do Museu de Arte Contemporânea – MAC Niterói. A partir do dia 9 de junho, 1200 milenares lanternas coloridas de seda dialogam com elementos cenográficos contemporâneos, transportando os visitantes à famosa cidade de Jinju.
