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Ceará é o único do Nordeste que receberá novo hospital universitário federal

Estado se destaca por estar na lista das 8 unidades prometidas nesta segunda pelo MEC e por ser um dos 4 da região que receberão campi

Kelly Hekally

Ministro Camilo Santana apresentou números de sua pasta, Ministério da Educação / Foto: Ricardo Stuckert / PR

O Ceará é o único estado do Nordeste que vai receber um novo hospital universitário federal, aponta anúncio realizado no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (10). O evento foi uma sinalização de paz vinda do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para os servidores públicos da União, da área de educação, que estão em greve há cerca de três meses.

O ministro Camilo Santana, do Ministério da Educação (MEC), apresentou os números, que totalizam um investimento de 5,5 bilhões em intervenções nos equipamentos públicos do Ensino Superior no âmbito da União, com verba do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

Conforme documento do ministério, R$ 1,75 bilhão será destinado a obras em melhorias de unidades da Rede Ebserh/MEC. O Nordeste terá o dobro de obras do Sudeste: 14 ante sete. Nas 14 o investimento é de R$ 572 milhões.

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Na sequência vêm Sudeste (sete – R$ 550 mi); Sul (cinco – R$ 385 milhões); Norte (três – R$ 160 mi); e Centro-Oeste (dois – R$ 66 mi). O total é de 37 obras em 31 unidades hospitalares. O governo comunicou que as oito obras de construção de hospitais universitários, contando com a vinculada à Universidade Federal do Cariri (UFCA), estarão nos seguintes estados além de no Ceará: Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo. Minas receberá duas novas unidades.

NOVO CAMPUS
No Nordeste, Ceará, Bahia, Sergipe e Pernambuco terão novos campi. O do Estado será construído em Baturité, a aproximadamente 100 quilômetros de Fortaleza. Segundo o MEC, na cidade, a cobertura de matrículas no Ensino Superior é considerada baixa numa escala que varia entre baixa, média e alta.

“Cada obra custará R$ 60 milhões, sendo R$ 50 milhões destinados à construção de laboratórios, salas de aula, biblioteca, administração, restaurante e ambientação urbanística; e R$ 10 milhões para aquisição de equipamentos, totalizando um investimento de R$ 600 milhões. Os campi oferecerão seis cursos, cada, para 2.800 estudantes. Para isso, serão contratados 388 servidores por unidade”, afirma texto do MEC.

O governo anunciou também R$ 2,5 bilhões para a criação de 100 Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia e R$ 1,4 bilhão para refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e equipamentos dos campi já existentes, que totalizam 682 equipamentos instalados.

Com as futuras entregas, serão 782. Em março deste ano, o Planalto havia informado que o Nordeste seria a região que receberia o maior número de unidades do tipo, com 38 campi nos nove estados, ao adiantar a intenção de construir 100 institutos.

“Entre os estados, São Paulo é o que tem mais municípios beneficiados, com 12 cidades atendidas com a construção dos IFs. Minas Gerais e Bahia somam oito municípios. Na sequência, aparecem Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro, com seis, e Paraná, Rio Grande do Sul e Pará, com cinco”, afirma comunicado da época.

Em números gerais de obras, que consideram campi e hospitais, são 117 (R$ 808 milhões) na região, ao passo que no Sudeste, que vem em segundo lugar, são 76 (R$ 815 milhões), com recursos somando R$ 7 milhões a mais que os para o Nordeste.

INJEÇÃO DE VERBA
Para o custeio (despesas obrigatórias como salários, contratos e manutenções), haverá suplementação de cerca de R$ 400 milhões. “A suplementação será de R$ 279 milhões para as universidades, que terão um total de R$ R$ 6,38 bilhões para custeio após a ampliação do orçamento. Para os institutos, a ampliação é de R$ R$ 120,7 milhões, com orçamento para custeio chegando a R$ 2,72 bilhões”, informa a pasta.

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