Na última sexta-feira (20), o prognóstico para os meses de dezembro deste ano, janeiro e fevereiro de 2016, revela que o Oceano Pacífico Equatorial apresenta uma elevada anomalia de aquecimento, chamada de El Niño mais intenso desde 1997/1998, trazendo consequências negativas para o Nordeste do Brasil, como a escassez de precipitações.
O fenômeno pode ser percebido na previsão climática elaborada pela Fundação Cearense de Meterologia e Recursos Hídricos (Funceme). Para os meses de dezembro a fevereiro, o prognóstico aponta 69% de probabilidade de chuvas abaixo da média no Ceará durante este período. As chances são apenas de 23% para precipitações em torno da média e 8% acima da média.
Para este trimeste no Estado a categoria abaixo da média histórica corresponde de 0 a 203,6mm. Precipitações de 203,7 a 312,7mm são consideradas em torno da média.
Os prognósticos da Funceme seguem a mesma previsão apresentada por modelos de outras instituições nacionais e internacionais. O próximo prognóstico é divulgado na segunda quinzena de janeiro.
Açudes
Segundo informações no Portal Hidrológico do Ceará, divulgado pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh), que monitora os açudes do Estado, 128 deles estão abaixo de 30% de sua capacidade. Na Bacia do Acaraú, está entre os de maior capacidade como o Araras (Varjota) com 6,89%, o Taquara (Cariré) com 9,64%, no Alto Jaguaribe, o açude Trussu (Iguatu) com 24,96% e o Arneiroz II com 3,03%.
Os dados apontam para baixa os reservátorios do Médio Jaguaribe, entre eles o Açude Castanhão (Alto Santo), com 12,7%, o Açude Aracoiaba com 23,26%, a Bacia do Salgado com o Açude Atalho (Brejo Santo), com 3,02% de volume total, o Açude Jaburu I, com 1698% e Sertões de Crateús com Açude Barra velha (Independência) que opera com 0,01% do seu volume total.
