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Governo terminal

 

O governo da presidente Dilma Rousseff, em seu segundo mandato, encontra-se em estado terminal, segundo a opinião de 9 entre 10 analistas políticos, e em quase igual proporção entre os políticos, incluindo até governistas. Um exemplo: para cientistas políticos e analistas de pesquisas de opinião, a decadência da gestão, espelhada nas consultas feitas por institutos como o DataFolha e outros, exibe números alarmantes, não só de perda da confiança em relação à atuação da presidente, como no que diz respeito à qualidade da sua gestão. Tais dados são históricos, e os números negativos da presidente são os mais baixos para um chefe de governo federal depois da normalidade democrática. Convenhamos, perder para Sarney e Collor deve ser desastroso para qualquer chefe do poder. Para alguns, notadamente os petistas-lulistes-dilmistas mais fanáticos, tal “débâcle” é apenas o reflexo das condições da economia no mundo, segundo se justifica a presidente. Não é bem assim, diz o jurista, cientista político e constitucionalista Djalma Pinto. Para ele, Dilma e o povo brasileiro estão pagando muito caro pelo desastroso projeto de poder arquitetado pelos estrategos do PT, justamente quando o País, emergente e tido como de alta potencialidade, mais precisava de um projeto de desenvolvimento. O PT, adverte o deputado Carlos Matos (PSDB), pelo visto, planejava promover o crescimento do País, só para depois de “se apossar totalmente dele”. Por outro lado, o senador Cristóvam Buarque (PPS) afirma que esse partido, ao julgar que abarcaria o Poder Executivo e o Judiciário, esqueceu-se de que, se ele possui “raposas”, e as “raposas” de outros partidos são muito mais sagazes. E nem todo partido suporta ser tratado como inferior numa coalizão. Acrescente-se a maneira grosseira de como a presidente Dilma sempre tratou e trata ministros e dirigentes partidários. Agora, com o país afogado em inflação, desemprego, descrédito internacional e com os cofres raspados, Dilma mendiga ou “cata qualquer coisa”, em termos de apoio, como ela mesma diz. Mas por governo terminal ninguém gosta de lutar, destacadamente o PMDB, de “malas prontas” para sair.

Problema maior O senador Eunício Oliveira presidente do PMDB-CE, chama à atenção para uma realidade: o país atravessa momento difícil, o que exige o empenho de todos, mas o Ceará precisa preocupar-se mais com outro problema, mais ameaçador para todos os cearenses: a escassez de água, que só tem se agravado.

Sobre o assunto… lideranças empresariais e do setor de Turismo da Zona Norte denunciam: o Açude Jaburu, na Ibiapaba, com baixa reserva é explorado por industriais, ameaçando deixar 14 municípios sem água.
“Enganchou?” Em nome de artistas de todas as atividades, o deputado Fernando Hugo (PP) cobra do BNB o Edital de Apoio à Cultura, lançado há sete meses, e até agora, nada foi providenciado.
Tá errado! O deputado Carlos Matos (PSDB) quer Adece, Faec e demais entidades ligadas a unidas para brecar um calamitoso aumento de 47% nas tarifas de energia de pessoas jurídicas no campo.
“Vitória de Pirro”… é como o deputado Audic Mota (PMDB) classifica a decisão do ministro Zavarski de tirar do juiz Moro o processo de Lula. “Não vejo motivos para o PT comemorar essa falsa vitória” diz ele.
Contragolpe O vice-presidente Temer “abortou” a tentativa do trio Sarney, Lula e Renan de “melar” o “impeachment”, tentando adiar a reunião do PMDB do dia 29 de março para o dia 17 de abril. Temer repeliu
Não fica O País estará de olho na reunião peemedebista. As apostas são de 10 contra 01, no sentido de que será o fim da aliança PMDB-PT. O presidente Temer tem o controle sobre 80% do partido.
Para a PMF…
segundo apregoam os “luiziannistas”, o nome da preferência do comando nacional do PT seria o da loura deputada LL. Por outro lado, o partido aguardaria um acordo com o governador Camilo.
Muito poucos…
foram os resultados da peregrinação do governador Camilo e secretários por 5 ministérios, cobrando a liberação de recursos já aprovados para o CE. Um “calvário” em plena Semana Santa.
Com o Estado… tendo várias obras paradas ou quase, o governador só conseguiu no Ministério da Fazenda o alongamento de pagamento de empréstimos junto ao BNDES, para a modernização da Arena Castelão.
Tá ruim Segundo o jornalista Ilimar Franco, do “O Globo”, a presidente Dilma está pedindo seus “quebradores de galho”, pegarem apoio de qualquer pequeno partido. “Estamos catando moedas” diz ela…
Ambidestro “Cercado” por 9 processos na Lava Jato, o presidente Renan, do Senado, após “relativizar” o “impeachment”, confessou, nos bastidores, para senadores governistas e oposicionistas: “Não tem jeito”.
Acredite! Corifeus “muy amigos” da presidente Dilma aconselham-na a “ir para as ruas, para os braços do povo, e em defesa da legalidade”. Para o deputado Paulinho da Força (SD), só se for “num papamóvel.”

“No Brasil de hoje, os cidadãos de bem têm medo do futuro, e os políticos têm medo do passado”. Chico Anysio (1931-2012) cearense, humorista maior do Brasil.

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