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Ano de ajustes

O Governo apertou o cinto e cortou onde pôde na tentativa de conter gastos e deslanchar o ajuste fiscal em 2015. Na prática, porém, este será mais um ano de aumento de despesas – especificamente das despesas obrigatórias. São aqueles gastos como aposentadorias e pensões, transferências para serviços de saúde e educação, enfim, o conjunto de benefícios previsto em leis que o Governo não tem autonomia para mexer.

Segundo especialistas em contas públicas o próprio Governo projeta que as despesas obrigatórias vão ter um aumento de R$ 74 bilhões neste ano. É muito em um período de inflação a 10% e retração de 3% do PIB. Para o ano que vem, o governo chegou a estimar alta de R$ 105 bilhões nesses gastos. Depois voltou atrás, e prevê aumento de R$ 75 bilhões. O que chama a atenção é que mais da metade do aumento é gasto com a Previdência: 42 bilhões neste ano e quase R$ 55 bilhões no próximo. Há esse salto no valor de um ano para o outro porque o peso da Previdência é crescente. Para se ter uma ideia, estima-se que os gastos com o INSS crescerão 0,9% do PIB, neste e no próximo ano.

Baixa
Em outubro, o Brasil fechou 169.131 vagas formais de emprego, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego e Previdência Social. Os dados do Caged são frutos de 1.237 admissões e 1.406.585 demissões. O setor de construção civil foi o responsável pelo maior número de vagas formais de trabalho fechadas em outubro. Foram 49.830 postos no setor.

Lucrando
A CEF teve lucro líquido de R$ 3 bilhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 60% maior que a vista no mesmo intervalo de 2014. De janeiro a setembro, o lucro da Caixa somou R$ 6,5 bilhões, elevação de 23,3% na comparação como o mesmo intervalo do exercício anterior.

Créditos
O BNDES já avalia mudar sua política operacional numa tentativa de estancar a queda nas consultas por créditos e, assim, estimular novos investimentos. O declínio nas consultas, primeira fase da contratação de empréstimos e termômetro dos investimentos no país, foi de 46% entre janeiro e outubro, para R$ 108,6 bilhões, em relação a igual período do ano passado.

Engolindo
Mudança de hábito, grandes redes engolindo pequenos negócios e recessão, provocaram queda forte no número de lojas de equipamentos de informática. São 18.400 lojas a menos nesse ramo em um ano, recuo de 10,3%, mais intenso que no varejo em geral, que foi de 7,2%, com o fechamento de 144 mil lojas, de acordo com levantamento inédito da Confederação Nacional do Comércio. Foi a primeira redução no número de lojas desde 2005.

Mais informações de Rubens Frota:
e-mail: [email protected]

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