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Apelo otimista

Salão do Automóvel de São Paulo, encerrado no dia 20, será marcado não apenas pelas novas instalações amplas, modernas e pelo conforto do ar-condicionado (apenas nos primeiros dois dias, para imprensa, houve pane). É uma das edições com maior número de lançamentos, reestilizações, exercícios de criatividade e marcação de tendências. Houve um esforço dos expositores em levantar o moral dos compradores, abatidos pela situação política, econômica e do desemprego no País. A mensagem subliminar era que o pior já passou e chegou a hora de levantar a cabeça.
Entre os modelos de grande série, destaque para o primeiro SUV compacto da Hyundai. A produção do Creta, em Piracicaba (SP), já começou (vendas, em janeiro de 2017) e surpreendeu pelo espaço interno, pois sua base estrutural é a do médio-compacto Elantra. A sul-coreana não revelou pormenores mecânicos do modelo e nem faixa de preço. O novo Renault Captur (produto refinado, a partir do Duster) e os Chevrolet Tracker (repaginado) e Cruze hatch ainda não tinham sido exibidos ao público.
Também houve uma das raras estreias mundiais da história dessa exposição bienal. O Honda WR-V, desenhado no Brasil na plataforma do Fit, é um crossover cuja distância entre-eixos é 2,5 centímetros maior que a do monovolume compacto. O fabricante escondeu o interior e outras características até o lançamento entre março e abril próximos.
Kwid, o inteiramente novo compacto de teto alto da Renault, pôde ser analisado por dentro e por fora. Previsto para chegar no primeiro semestre de 2017, terá motor de 1 litro e três cilindros da geração SCe que estreia em dezembro no Logan e Sandero. Para estes estará disponível um novo quatro-cilindros de 1,6 litro-16V.
Nova picape média Nissan Frontier é outro lançamento que chega primeiro do , em março próximo, com tudo novo, inclusive motor. Surpresa, a picape conceitual Hyundai STC, desenhada na Coreia do Sul e no Brasil, tem porte da Strada e Saveiro de cabine dupla. A fábrica desconversou, mas é certa sua produção.
A Volkswagen disfarçou na forma de conversível conceitual, T-Cross Breeze, as linhas que adotará no seu primeiro crossover compacto. É o segundo produto, depois do novo Gol em 2018, com a mesma arquitetura do novo Polo alemão a estrear na Europa no próximo ano. Depois, virão Saveiro e Voyage.
De modo geral chamou atenção a criatividade dos estúdios de desenho que várias marcas instalaram no Brasil. A própria VW com a releitura moderna do Gol GT, além de Citroën (C3 City Ryder), Peugeot (208 Pyrit), Nissan (March Midnight), Renault (Duster Extreme) e Ford (Ka Trail), entre outras.
O Levante, primeiro SUV da Maserati, que estreou no Salão de Genebra, em março último, demonstra que, à exceção da Ferrari, essa onda não para de crescer. A Kia não exibiu o esperado compacto Rio, cuja produção começa agora no México, focando seus holofotes no Cerato.
BMW X2 voou direto do Salão de Paris para os 90 mil metros quadrados do São Paulo Expo. Em forma de modelo-conceito, o crossover igualmente impressionou o público. Reúne as condições de se tornar o sétimo modelo da marca alemã feito no País a partir de 2018.

Novo EcoSport, finalmente, chegará aos EUA no final de 2017, depois de mais de uma década de negativas. Modelo apresentado no Salão de Los Angeles é igual ao que será fabricado aqui no segundo trimestre do próximo ano, mas manterá estepe externo. Voltará o câmbio automático convencional, no lugar do atual automatizado de duas embreagens.

Organização Internacional de Construtores de Automóveis revelou uma pesquisa indicando que 67% dos entrevistados entendem o primeiro carro como uma das principais conquistas da vida. Assim, sugeriu certa imprecisão de outras pesquisas sobre o aparente desinteresse dos jovens em dirigir. Haveria um momento em que a necessidade ou o desejo falaria mais alto.

Impressiona ao volante como carro, tem estilo de station com maior altura de rodagem (21 cm), motor de seis cilindros horizontais opostos de 260 cv e tração 4×4 permanente. Subaru Outback acrescenta espaço interno e para bagagem que deixam alguns SUVs com inveja. Desenho apresenta-se conservador e algo generalista. Precisaria também perder algum peso.

Previsto desde o lançamento, Renegade 2017 recebe agora o mesmo motor de 1,8 litro flex da picape Toro. O ganho foi de 7 cv – agora 139 cv – e o torque teve acréscimo simbólico de 0,2 kgfm. Só agora dispensou auxílio de gasolina em partida com etanol em dias frios. Há ainda modo Sport por meio de botão no painel. Preços subiram: R$ 79.490,00 a 136.990 (diesel).

Maior parte da cota de importações da JAC será de agora em diante do T5. O crossover chinês recebeu câmbio automático CVT de seis marchas virtuais e, por tempo indeterminado, terá o mesmo preço da versão de câmbio manual: de R$ 69.990 a 73.990,00. Equivale a um desconto de R$ 5 mil. Esse é o modelo previsto para montagem em Camaçari (BA).

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