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Fortaleza

“Armação” de Dilma pode lhe custar o mandato

O mínimo que Dilma tem que
fazer agora é renunciar
Senador Ronaldo Caiado (GO), líder do Dem,
diante das tentativas de obstruir a Justiça

A Constituição prevê a perda de mandato de presidente da República que atue para impedir o livre exercício de outro poder. A “armação” de Dilma com Lula para nomeá-lo ministro, com o intuito impedir qualquer ação da operação Lava Jato, configura-se quando Dilma avisa que um portador levará até ele um “termo de posse”, de uma posse ainda não realizada, para ser usado como um “salvo conduto”. Tudo para impedir o cumprimento de eventuais mandados judiciais contra o ex-presidente.

Crime de madame
Por tentar obstruir a ação da Justiça, acobertando Lula, Dilma também pode responder por ação de crime de responsabilidade.

Falsificação é crime
Na gravação, Dilma avisa que um portador, Messias, levaria até Lula um “termo de posse”, a rigor fajuto, para impedir ações da PF.

Mais por vir
O que mais preocupou autoridades foi a queda do sigilo da operação Lava Jato. Não faltam menções a parlamentares e até magistrados.

Início da manobra
A manobra começou a ser negociada quando Lula percebeu que é um dos investigados na Lava Jato, ao ser conduzido a depor sob vara.

A relatora
A ministra Cármen Lúcia foi relatora da ação penal nº 396, com a qual o STF reagiu a manobras como a de Dilma nomeando Lula.

Regra tem sido usada
A jurisprudência do STF, em 2010, foi aplicada em vários casos. E usada também em sentido contrário ao pretendido por Lula.

Precedente contrário
Natan Donadon renunciou ao mandato de deputado para seu processo voltar à primeira instância, mas o STF ignorou a manobra e o julgou.

STF insultado
Ministros do STF sentem-se insultados com a motivação de Lula para se fazer ministro a fim de escapar do juiz Moro. É que Lula parte da presunção de que no STF poderá contar com ministros que nomeou. No caso do mensalão, essa premissa não se confirmou.

Base esfarelou
Assim que foi divulgado o áudio entre Lula e Dilma que comprovou a armação para livrar Lula das garras da Lava Jato e do juiz federal Sérgio Moro, o PRB rompeu com Dilma. Serão 21 deputados a menos.

Golpe interno
O “impeachment branco” sofrido pela presidente Dilma ontem foi imposto pelo PT, que chegou a ameaçá-la com abandono. Dilma não teve escolha senão acatar todas as demandas de Lula e sua trupe.

Boquinha cara
Michel Temer orientou Mauro Lopes (PMDB-MG) esperar 30 dias para assumir a Secretaria de Aviação Civil. De olho na boquinha, Lopes deu de ombros. E ficou passível de expulsão por desrespeitar a convenção.

Ajudinha
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, busca apoio na oposição pelo reajuste do salário do Judiciário. O Planalto é contra a pauta. Estima que o rombo passaria R$ 5 bilhões.

Nocaute
Deputados do PSDB descem a borduna em Aécio Neves. Cobram do senador postura mais agressiva pelo impeachment. Dizem que, após delação de Delcídio do Amaral, vai acabar “nas cordas” se não reagir.

Pizzaria Senado
Com a CPI do Futebol bem encaminhada para terminar em pizza, o presidente, senador Romário (PSB-RJ), vai apresentar relatório final paralelo ao do relator, o senador Romero Jucá (PMDB-RR).

Fritura prévia
Mal Lula foi oficialmente anunciado ministro da Casa Civil para o PT começar a pressionar pela cabeça de Nelson Barbosa, ministro da Fazenda. Substituto Lula até tinha. Seria Henrique Meirelles.

Pensando bem…
…Dilma ignorou a Constituição, implantou o parlamentarismo, virou rainha da sucata Brasil e ainda nomeou seu primeiro-ministro sem consultar o Congresso ou a população. Acabou gravada pela PF.

o poder sem pudor
O ministro das Relações Exteriores do governo FHC, Celso Láfer, inaugurou o vexame de tirar os sapatos ao desembarcar em Washington durante visita oficial, conforme revelou esta coluna com exclusividade, em 2001. Mas, não foi a única autoridade brasileira a sofrer a humilhação. O ex-ministro Pratini de Morais (Agricultura) foi outro. Um amigo conferiu se ele havia mesmo retirado os sapatos, como Láfer. Pratini respondeu, com o bom humor possível:
– Não, meu caro, eu estava calçando tênis…

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