Para o economista Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, o Brasil, “graças à falta de um mínimo de bom senso dos seus gestores, é hoje uma economia à deriva”. Os motivos, segundo ele, estão à vista, até para “alfabetizados” econômicos. Mas alguns podem ser destacados, a começar pelo planejamento capenga, jamais cumprido ou respeitado. Por outro lado, economistas da FGV e UFRJ salientam, entre as causas da pré-falência nacional, a falta de critério com que o Governo Federal e governos estaduais põem em prática a cessão dos benefícios dos incentivos fiscais, financeiros e creditícios. Estes acontecem em todos os países desenvolvidos, mas os governos cobram dos beneficiários aumento da produção, das exportações e dos empregos. Entre nós, nada disso acontece, e os empresários favorecidos cortam investimentos, produtividade e empregos, e o governo ainda paga por isso… Nos países onde se pratica economia com bom senso, tudo é feito às claras.

No Brasil, diz o economista e professor da Unicamp, Luiz Gonzaga Beluzzo, os benefícios são acertados “por debaixo dos panos”, em meio a negociatas eleitoreiras com parlamentares e chefes políticos, só importando a vitória nas urnas. Portanto, não deve escandalizar quase todos os estados, inclusive os poderosos Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul não terem dinheiro ao menos para pagar os servidores, manter hospitais e salas de aula em 2016. E não adianta essa sequência de reuniões da presidente Dilma com a equipe econômica e governadores em busca de soluções milagrosas, pois ambas as categorias, e com todos os motivos, encontram-se angustiadas e sem norte.

Quase exceção O Ceará, em meio ao clima de pessimismo e dinheiro curto em outros estados, apresenta-se como quase uma exceção, sem ameaças de sufoco. Isso, graças à competência do titular da Sefaz, Mauro Filho, e à austeridade e bom senso do governador Camilo.

Curso a perigo!
O Curso de Medicina destinado à cidade de Quixeramobim poderá não sair. Motivo: o hospital regional, que custou mais
de R$ 100 milhões
continua fechado.

A inatividade…
…daquele equipamento, diz o deputado Danilo Forte (PSB), prova a falência do sistema, e desmente os que ainda defendem a mal-amada CPMF como apoio
à saúde.

Bom nome
O PSDB de Fortaleza, se quiser, terá um nome competente e inatacável para a PMF-16, o deputado Raimundo Matos que, inclusive, já sinalizou topar esse desafio.

Se não der…
…Raimundo Matos, os tucanos contam com Carlos Matos, competente ex-secretário de Agricultura Irrigada e, hoje, um dos
mais respeitados
deputados estaduais.

Nas mãos do…
…secretário Acrísio Sena o problema da revalidação de diplomas médicos de faculdades do Mercosul. Nada contra. O problema
é a qualidade das
referidas escolas.

O ex-cara-pintada…
…senador Lindbergh Farias vê, nas reformas do Trabalho e da Previdência propostas pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, “suicídio político”…
para o PT.

Não se sabia…
…ontem o resultado da reunião da presidente Dilma e do ministro da Fazenda com os governadores. Mas sabe-se que eles querem de volta os empréstimos internacionais.

Isonomia
Para o deputado Ely Aguiar (PSDC), se a PM mereceu tantas atenções e benefício, o mesmo merece a Polícia Civil, sempre carente de melhores salários e
de efetivos.

Já que…
…os petistas não dizem, o presidente da sigla Rui Falcão, cria coragem, e diz que a presidente Dilma precisa “mostrar um plano de governo depois de cinco anos no poder”.

Também a CUT…
…“mamadora” nas tetas do governo, perde a paciência com a presidente e, em nota, afirma que a sociedade brasileira “continua esperando pela Dilma que ela elegeu”.

“Não entendo muito de política para saber se o ‘impeachment’ é a solução para todos os males do Brasil. Mas, com ou sem ‘impeachment’, alguma coisa preciso ser feita”. Roberto Carlos, cantor e compositor.