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Fortaleza

Chefes militares já se entendem com oposição

Não se trata de um golpe
Ministro do Supremo Dias Toffoli descarta discurso de golpe da presidente Dilma

U m dos sinais reveladores do declínio da presidente Dilma no poder tem sido a aproximação dos chamados setores “de Estado” com a oposição. Representantes do Itamaraty, inconformados com a nova condição brasileira de “anão diplomático”, e a significativa interlocução com chefes militares, em geral muito discretos. Todos se mostram preocupados, mas concordam em um ponto: o Governo Dilma acabou.

Papo reto
Um dos comandantes das três forças pediu reunião urgente com o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP). Será nesta terça (29).

Brasil fardado
A inquietação dos comandantes militares reflete a caserna, onde estão brasileiros indignados clamando por mudança como quaisquer outros.

Aqui não é Venezuela
Os chefes militares rejeitaram a ideia do Planalto de decretar “Estado de Defesa” para coibir e reprimir manifestações, como na Venezuela.

Aqui há democracia
As discussões sobre o “Estado de Defesa”, cogitado por Dilma, foram reveladas a políticos da oposição nas conversas com chefes militares.
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Acachapante
O PMDB deverá romper e entregar os cargos por decisão de ao menos 70% dos votos. “Quem ficar não representará o partido”, diz Jucá.

Última que morre
Romero Jucá tem esperança de que o presidente do Senado, Renan Calheiros, que ainda resiste ao rompimento, mude de ideia.

Pá de cal
Resistiam ao rompimento Renan Calheiros e o PMDB do Rio, que, após encontro com Michel Temer, decidiu aderir ao desembarque.

Cadê o respeito?
Curiosidade revelada pelas gravações, agora sob sigilo, entre as autoridades petistas: Dilma chega a chamar Lula de “presidente”, mas Lula nunca chama a atual mandatária de presidente. Ou “presidenta”.

Calafrios
O Governo está apavorado com o depoimento de Renato Bayard, ex-presidente da Construtora Odebrecht. Ele atuou diretamente pela Lei dos Portos. A filha dele, Julyana, deixou a diretoria da Embraport.

Muita calma nessa hora
Lula vai manter agenda mais discreta. O cuidado é para não inflamar os ânimos da militância pró-impeachment. Quer evitar ainda falar sobre o Judiciário para não complicar sua vida no Supremo Tribunal Federal.

Impeachment na cabeça
O deputado Rubens Bueno (PPS-PR), atuante líder de oposição, diz que incluir a delação de Delcídio Amaral no processo de impeachment seria irrelevante: “O impeachment já está na cabeça do povo”.

Cadê Aécio?
O sumiço de Aécio Neves (PSDB-MG), após ser citado na delação de Delcídio, motivou o deputado Silvio Costa (PTdoB-PE): “tenho certeza que este silêncio não é dos inocentes”, diz o vice-líder do governo.

Virou enfeite
Deve dar em nada a “investigação” sobre a conversa grampeada de Dilma e Lula. O extinto Gabinete de Segurança Institucional (GSI) instalou aparelhos criptografados, mas ela não usa. Só reclama deles.

Que vergonha
Um dado preocupa o Palácio do Planalto. Levantamento do Governo mostra que, com o aumento da pressão popular, Dilma pode não ter nem mesmo 150 votos para derrubar o impeachment. E precisa de 171.

Suspeito e excluído
Ao se declarar suspeito para relatar o pedido de habeas corpus de Lula para assumir o cargo de ministro da Casa Civil, o ministro Luiz Edson Facchin (STF) praticamente se excluiu do julgamento do mérito.

o poder sem pudor

Quem achava George W. Bush o mais medíocre e despreparado dos políticos americanos, não conhecia o seu irmão mais novo, Jeb, ex-governador da Flórida e pré-candidato derrotado em 2016. Certa vez, em uma visita a Madri marcada por gafes, ele cometeu a indelicadeza de dizer que a Espanha “será recompensada” pelo apoio à guerra no Iraque, e chamou o presidente do governo, José Maria Aznar, de “presidente da República”. Ao saudar o debiloide, o chefe da mais antiga monarquia européia, rei Juan Carlos I, não perdeu o tom:
– É uma honra receber o irmão do rei dos Estados Unidos…

 

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