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Da mandioca às mentiras, um ano para esquecer

Governo acredita que o impeachment morre
Deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) sobre
o pagamento das pedaladas de 2011 a 2014

O ano entrará para a História como o Ano da Mentira, em que a presidente Dilma esqueceu os compromissos de campanha e fingiu não ser a chefe do governo que permitiu a gatunagem na Petrobras. Ela é a grande “premiada” de 2015, um ano para esquecer, marcado também pela incompetência da oposição, que não conseguiu liderar o desejo expresso de impeachment, segundo as pesquisas, de quase 80% da população.

Figurante do Ano
Prêmio vai para Aécio Neves (PSDB-MG) que se apequenou na crise e relutou em assumir o papel de líder da oposição a um governo no chão.

Mandioca Doida
Dilma ganhou o troféu com sua coleção inacreditável de asneiras, da “homenagem à mandioca” à jura de “dobrar a meta” de coisa alguma.

A protegida
A ex-chefe de gabinete da Presidência e amiga íntima de Lula, Rosemary Noronha continua poupada de punição, de exposição e de explicações.

Troféu Lava Alma
A taça, medalhas e aplausos vão para o juiz federal Sérgio Moro e para os membros do Ministério Público Federal, representados na premiação pelo procurador Deltan Dallagnol, que afligiram corruptos poderosos do País.

O Inimputável
Prêmio hors concours vai para o poderoso chefão Lula, que, apesar dos aliados, ex-ministros e até filho enrolados, escapa de fininho tratado por “informante” ou “testemunha”, mantendo-se longe da prisão.

Óleo de Peroba
A medalha de ouro é do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aquele que jurou não ter contas na Suíça e depois, pego na mentira, disse não ser titular, mas apenas “beneficiário” da grana.

Troféu Abestado do Ano
Condenado no mensalão e preso novamente na Lava Jato, José Dirceu manteve-se calado, enquanto o ex-chefe Lula, a quem tenta proteger, passava a defender sua expulsão do PT.

Pantaleão 2015
Troféu vai para o governo Dilma, incluindo a chefa, seus ministros, aspones e apoiantes, que, como o personagem criado pelo saudoso Chico Anysio, mentem e nem dão sinais de rubor.

Mandioca Frita
O troféu será entregue esturricado a Joaquim Levy, aquele que aceitou ser ministro da Fazenda por pura vaidade, fingindo acreditar que Dilma queria mesmo fazer ajuste fiscal, e acabou “fritado”.

Ouro de tolo
O troféu de 2015 vai para o banqueiro André Esteves, cuja imagem rapidamente desmantelada pela Operação Lava Jato, numa prova de que é mole ser de “prodígio” à sombra do poder petista.

Troféu Barraco do Ano
Vai para a Kátia Abreu, que desperdiçou ótimo vinho italiano jogando-o no rosto do senador José Serra (SP). O prêmio é da ministra da Agricultura, mas quem levou a taça foi o tucano, que a chamou de “namoradeira”.

Medalha Geni
Deve ser entregue, às escondidas, ao ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que não pode frequentar bares e restaurante sem ser xingado de tudo o que não presta, inclusive de petista.
Prêmio São Longuinho
Após dar uma banana para o PSB e fundar o Rede, a ex-senadora Marina Silva tomou chá de sumiço para não ter de falar sobre impeachment e nem mesmo para se posicionar sobre o crime ambiental da Samarco.

Taça Ligeirinho
O deputado Leonardo Quintão (MG) teve a liderança de bancada mais rápida de 2015: uma semana. Destituiu Leonardo Picciani (RJ) com ajuda dos opositores ao governo Dilma, mas dias depois virou ex.

Maior abandonado
Primeiro senador preso durante o mandato desde a redemocratização, o líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), foi abandonado por seus pares e não recebeu visitas desde a prisão em 25 de novembro.

Troféu Oscar Wilde
A carta de Michel Temer à presidente Dilma Rousseff não deve em nada à carta de amor enviada pelo escritor britânico ao Lorde Alfred Douglas.

o poder sem pudor
O animal e o periscópio
A polícia política de Felinto Muller, na ditadura Vargas, prendeu um suspeito de militar no Partido Comunista. Levado aos porões do Dops, foi submetido a uma medonha sessão de tortura por um delegado. Horas depois, chegou Luís Glayssman, do serviço secreto:
– Não adianta resistir: diga onde está o mimeógrafo.
– Ah, o mimeógrafo? Está enterrado lá no fundo do quintal…
– Por que não falou antes? – gritou Glayssman.
– É que esse animal passou o tempo todo onde estava o “periscópio”!

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