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Despencando até o fundo do poço

De repente, o País toma conhecimento de números que os governos tentavam esconder desde os tempos de Fernando Henrique. Nossa dívida pública beira os 4 trilhões de reais. Basta atentar para que, só neste ano de 2015, vamos pagar 520 bilhões de juros. Pagar para quem? Para bancos estrangeiros e nacionais e para investidores de todos os matizes, além de especuladores aos montes.

Saber quantos bandidos estarão se locupletando com a farra é tão importante quanto saber porque os juros alcançam 14,25%: porque dessa artéria aberta escoa o sangue de nossa soberania. Jamais as administrações dos tucanos e dos companheiros tentaram estancar o fluxo de recursos para os bandidos daqui e lá de fora.

Muito mais que o roubo do mensalão e do petrolão vem sendo o assalto à economia nacional. Como consequência, todos os que podem também metem a mão. Daí a inflação, a recessão e o desemprego.
Não será com Joaquim Levy ou com Henrique Meirelles que se conseguirá inverter a equação. Um era ou continua sendo diretor do Bradesco. Outro foi presidente do Banco de Boston. Para eles, deve prevalecer o interesse do mundo financeiro.

O resto são perfumarias, mesmo chocantes como a declaração de Dilma, em plena campanha de 2014, de que o Brasil havia alcançado o patamar do pleno emprego. Hoje, continua mentindo, divulgando estar o desemprego no nível de 8.7%. Trata-se de mal escondida farsa, porque, no mínimo, os percentuais ultrapassaram os 10%.

A gente fica pensando na saída, sabendo que não existe. Pelo menos dentro das regras do jogo atual. Alternativas inexistem para o PT, o PMDB e o PSDB. Todos praticam o mesmo diagnóstico. Da sociedade à margem da ortodoxia partidária, pior ainda. Resultado: continuamos despencando até o fundo do poço.

Serviço completo
Diante das ilações e dos boatos de que a presidente Dilma não resistirá por muito mais tempo para substituir Joaquim Levy por Henrique Meirelles, começa a ser admitido no Palácio do Planalto que Madame deveria aproveitar a oportunidade e recompor todo o ministério. Porque ministros há, entre os sete do PMDB e outros tantos de variadas origens, que nem disseram a que vieram. Admite-se até que a Presidente nem conheça todos pelo nome, quanto mais suas atribuições. Teria chegado a hora da interrupção do fisiologismo ministerial e da busca dos melhores em cada setor, sem considerações partidárias. O problema é que essa solução tem prazo. De nada adiantou a Fernando Collor compor o maior ministério da História do País. Não deu mais tempo…

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