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Dilma só conta com 27 dos 69 deputados do PMDB

[O rebaixamento é resultado] da política econômica doméstica
Lisa Schineller, diretora-gerente da agência de
risco S&P, explica a crise brasileira

Reeleito líder do PMDB, o deputado Leonardo Picciani (RJ) não poderá entregar o que prometeu a Dilma, isto é, todos os votos do partido para barrar o impeachment e aprovar o pacote econômico do Governo. Pelas contas do Planalto, Picciani e Dilma só poderão contar com 27 dos 69 deputados do PMDB. Presidente da Câmara, Eduardo Cunha pregou aviso com jeitão de ameaça: “O Governo perdeu metade da bancada”.

Venceu, mas não levou
Picciani teve 37 votos, contra 30 de Hugo Motta (PB). Mas alguns deputados eleitores do garotão do Rio não votam em favor do Governo.

Barrando tudo
Eduardo Cunha articula para colocar fogo no impeachment, além de barrar a reforma da Previdência e o retorno da CPMF.

Crise piorou
Até Leonardo Picciani reconhece: “A situação pirou”. Mas, apesar das declarações de concórdia, ele se recusa a procurar a ala derrotada.

Máquina em ação
Eduardo Cunha ficou furioso com Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), que procurou caciques do PMDB para ajudar Picciani.
Cabral por trás
A ameaça do PMDB-RJ é atribuída ao ex-governador Sergio Cabral, cujo estilo truculento é reconhecido à distância pela direção nacional.

Cunha por trás
A campanha para o PMDB romper com o governo Dilma vem sendo liderada pelo grupo do presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Fidelidade canina
O PMDB-RJ é o único diretório estadual controlado por dilmistas: o governador Luiz Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o clã Picciani.

Lula definha
O ministro Jaques Wagner (Casa Civil), que não acredita em recuperação do governo Dilma, está mais empenhado na defesa de Lula. Para ele, a queda do ex-presidente representaria o fim do PT.

Joia rara
Servidores do Planalto estranham o gosto repentino de Dilma por joias caras. Os mais céticos dizem que a petista foi aconselhada a não comprar imóveis, mas joias, “para chamar menos atenção”.

Descobriram a pólvora
A imprensa brasileira descobriu somente agora o drama que os leitores desta coluna acompanham há pelo menos quinze anos: o relacionamento da jornalista Mírian Dutra com o ex-presidente FHC.

Alternativa
O senador Cristovam Buarque (DF), que trocou o PDT pelo PPS, não deseja disputar a presidência da República. Mas seu novo partido sonha vê-lo candidato a vice, na chapa da oposição.

Sem partido
O senador Antônio Reguffe (DF), que se livrou do PDT, resolveu ficar um ano sem partido. Ele anda desiludido com todos os que existem hoje e não tem pressa para escolher a nova casa.
O destino de Ferraço
Ricardo Ferraço (ES), que saiu do PMDB inconformado com o apoio do partido ao governo Dilma, flerta com a oposição. PSDB e PPS disputam o passe do senador. Os tucanos têm mais chances.

Governismo radical
Ciro Nogueira (PB) atuou para impedir a vitória de Esperidião Amin (SC) na disputa pela liderança do PP. O senador define como questão de honra eleger, quarta (24), um líder alinhado ao Governo.

Espelho meu
Os leitores desta coluna sabem desde 4 de fevereiro que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aumentaria a tunga no nosso bolso, reajustando a Cota Parlamentar. Lá se vão mais R$ 2,3 milhões.

Pensando bem…
…também vítima de relacionamento em que só levou a pior, a jornalista Mírian Dutra agora teve seu dia de Mírian Cordeiro.

Na campanha de 1994, o deputado mineiro Paulo Heslander (PTB) visitou o povoado de São José dos Rosas e procurou o apoio do chefe político local. Mas Divino se desculpou: “já tenho candidato”. O deputado lamentou:
– Ah, que pena. Ia oferecer-lhe um carro zero em homenagem a seu caráter.
Divino arregalou os olhos e gritou lá para os fundos da casa:
– Mulher, faça aí um cafezinho e traga um bolo aqui pro deputado!
No comício, Divino fez um discurso emocionado pedindo votos para Heslander. No final, o deputado já ia embora quando Divino lembrou:
– E o carro zero?
– Ora, meu amigo, aquilo foi uma brincadeira…
Ele ficou revoltado, mas era tarde: Heslander foi o mais votado no povoado.

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