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Embaixadas do Brasil não apregoam “golpe”

O papel do presidente do Senado é conversar com todo mundo
Renan Calheiros e sua reunião com o investigado Lula, enquanto o Senado julga Dilma

P erde força no exterior a alegação de “golpe” no impeachment da presidente Dilma. Nenhuma embaixada brasileira no exterior recebeu instruções para difundir a versão petista junto aos governos onde representam o Brasil, tampouco junto a veículos de comunicação desses países. O próprio ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) tem mantido silêncio sobre o tema, em conversações no exterior.

Protocolar
Na Unasul, entidade dos países do continente, sábado (23), em Quito, Mauro Vieira só abriu a boca para felicitar a presidência da entidade.

Falando sozinho
Apenas o aspone Marco Aurélio Top-Top Garcia tomou a palavra em Quito para “denunciar o golpe no Brasil”. Ninguém lhe deu atenção.

Balão de ensaio
Top-Top Garcia disse na Unasul que Dilma “cogita invocar a cláusula democrática”. Foi avisado que, se o Brasil fizesse isso, seria derrotado.

Não se aplica
A “cláusula democrática” pune países que sofram ruptura institucional. Não é o caso do Brasil, já rechaçou o Itamaraty por seu porta-voz.
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Voto de consciência
Têm sido recorrente críticas a ministros do STF que, para “decepção” do PT, votam de acordo com sua convicção e a consciência.

Hostilidades
No caso do mensalão, o ministro-relator Joaquim Barbosa chegou a ser hostilizado por petistas por haver pedido a condenação dos meliantes.

Independência
Mensaleiros foram condenados e, no impeachment, Dilma coleciona derrotas no tapetão no STF de maioria nomeada por ela ou por Lula.

Quinta coluna
Como na Câmara, ex-senadores “independentes” que foram filiados ao PT mostram que no peito ainda bate o coração petista. No Rede, no PSB ou no PPS, comportam-se como linha auxiliar do governo.

Janela ocupada, tchê
O sociólogo gaúcho Denis Rosenfeld poderia estudar o fascínio das pessoas pelo poder, mas estava mais empenhado em se aproximar de Michel Temer. Quase desestabilizou a equipe do futuro presidente: entrou no ônibus agora e já queria sentar na janela da frente.

AGD impedido
O advogado-geral de Dilma, José Eduardo Cardozo, não defenderá Dilma após seu afastamento. Primeiro porque ele será demitido, depois porque a proibição foi acatada pela comissão do impeachment.

Cantou de galo
O lobista Fernando Baiano rodou a baiana no Conselho de Ética. Ele falou que só começaria a depor depois que todos que estavam de pé se retirassem. E os seguranças da Câmara proibiram imagens.

Baixinho extravagante
Alessandro Teixeira (Turismo) adora extravagância. Foi exonerado em 2013 da secretaria-executiva do Ministério do Desenvolvimento, após flagrado usando carro oficial para levá-lo a uma academia em Brasília.

Questão de ordem
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) garante que o PMDB não fechará questão sobre o impeachment de Dilma. “Chance zero. Não há como engessar a consciência dos senadores do PMDB”, diz ele.

Pela metade
Os servidores da EBC, estatal de comunicações, estão revoltados com o governo Dilma, que decidiu cortar a hora-extra dos atuais funcionários, reduzindo-lhes os salários em até 60%.

Regalias do poder
Mesmo depois de concluído o processo de impeachment na Câmara, o relator, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO), ainda se faz acompanhar de quatro seguranças. Diz ter sido ameaçado quando foi relator.

o poder sem pudor

Homem culto e orador brilhante, o general e deputado gaúcho Flores da Cunha discursava da tribuna da Câmara quando um deputado, Teixeira Coelho, resolveu corrigir-lhe uma frase iniciada com pronome oblíquo.
A resposta de Flores da Cunha entrou para a História das melhores reações de improviso de que se tem notícia:
– O senhor não tem muita autoridade para me corrigir, pois, para ser coerente, o seu próprio nome deveria ser Cheira-te Coelho!

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