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Faxina no Brasil

O Brasil está precisando virar de cabeça para baixo. Para sairmos desta crise temos que fazer uma grande faxina em todas as instituições e mudar a cultura de nosso povo. Devemos parar de olhar para o nosso próprio umbigo e se preocupar mais com o destino do Brasil. Todos têm que dar a sua cota de sacrifício, tanto no plano privado, como no público.

Assistindo um programa na TV, semana passada, fiquei indignada com a entrevista de um juiz federal, nunca vi tanta cara de pau como a dele. Suas afirmações eram um delírio. Condenava a aprovação da MP 241, que regula os gastos públicos, por entender que o juiz ganha pouco e tem que ter verba (auxilio paletó) para vestir um diferente todo dia. Confesso que pensei que ele estava gozando com o entrevistador e com o telespectador. O respectivo magistrado falava sério e com muito cinismo. Defendia também auxilio para moradia, (mesmo já tendo o juiz residência própria no lugar onde responde pela vara).
É público e notório que os ministros dos Tribunais Superiores, os desembargadores, juízes e ocupantes de cargos de direção, todos têm carros e motoristas à disposição. Como também vale-refeição bem superior ao dos servidores. O procurador Rodrigo Janot mandou um recado direto para os parlamentares, antecipadamente da aprovação da emenda pela Câmara dos Deputados, dizendo que não concordava com o congelamento de salários dos servidores públicos, ou seja, o dele. “Para um bom entendedor meia palavra basta”.

Mas, infelizmente, isso não acontece só no Judiciário, ocorre, também, no Legislativo e no Executivo, em todas as esferas, da união, estadual e municipal. Mordomias mil.
Segundo o Portal da Transparência, o Governo Federal superou os R$ 1,2 trilhão em gastos diretos desde de início do ano, os investimentos representam apenas 1,1% do total, apenas R$ 13,3 bilhões. O pagamento da dívida e de salários dos servidores públicos, civis e militares, já consumiram R$ 792 bilhões e continuam sendo os principais gastos no Brasil, representando mais de 70% do total. O pagamento de salários e demais mordomias já atingiu R$ 161 bilhões.

Não tenho ojeriza a servidor público, não só daqueles que acham que a culpa da dívida pública é somente do servidor. Para a máquina funcionar, tem que existir os órgãos federais, estaduais e municiais. Devem ser bem pagos tanto os cargos efetivos, ou seja, concursados, que conquistaram o emprego depois de muito esforço e estudo, como também os comissionados ou cargo de confianças. Estes últimos devem existir porque o gestor tem que ter pessoas de sua inteira confiança, competentes, para auxiliá-los. O que não pode haver é excessivamente cargos de confiança, como foi triplicado neste último governo, para empregar os apadrinhados, muitas vezes, incompetentes. Também há órgãos transbordando de servidores e outros com carência, o ideal é que deveria haver um remanejamento.
E a corrupção? Não adianta nem falar neste tema. Todos estão carecas de saber que é uma erva daninha nos meios empresariais e governamentais.

A proliferação de partidos que leva bilhões com o fundo partidário e legendas de aluguéis sem a menor ideologia política.
Finalizando, a existência de ONGs fantasmas e o grande negócio de abertura de sindicatos, bilhões retirados do bolso do trabalhador pelo imposto sindical.
Para sairmos desta crise, temos que fazer uma grande faxina em todas as instituições e mudar a cultura de nosso povo. Devemos parar de olhar para o nosso próprio umbigo e se preocupar mais com o destino do Brasil. Todos têm que dar a sua cota de sacrifício, tanto no plano privado, como no público.

Ednilo Soarez lança livro
O professor Ednilo Soarez irá lançar seu livro Naufrágio do Porto, na próxima quinta-feira, 27, às 18h, na Faculdade 7 de Setembro. O livro, sem heróis e sem ídolos, se baseia em pessoas comuns, que buscam desvendar as suas angústias, fragilidades, sofrimentos, amores e frustações ambientadas no seu local de trabalho, o Porto.

Evento da Wella, em Cancun
Djiane Sucoski, proprietária do salão de beleza DS Beauty Lounge, está em Cancun, desde o último domingo, dia 16, participando do evento Sebastian, que reúne artistas e profissionais renomados de todo o mundo, a convite da Wella. Djiane é a única representante do Nordeste no evento.

Cearenses conquistam
As arquitetas Ticiana Sanford e Bea Carneiro, da Se7e Arquitetura, irão participar pela primeira vez da Casa Cor Ceará. O evento, que já está na sua 18ª Edição, terá início dia 3 de novembro. Os espaços das arquitetas tem como tema a sustentabilidade, que visa unir a sofisticação conceitual, ligada ao uso de matérias alternativas fornecidas por empresas engajadas na conscientização de uma produção sustentável.

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