Se existe, na atualíssima História do Brasil, uma história muito mal contada, essa é, com certeza a que se refere à “novela” dos médicos cubanos importados para o programa “Mais Médicos”. Em primeiro lugar, é até inadmissível condenar-se um programa – seja lá de que partido for, incluindo o PT – destinado a salvar vidas, notadamente num país de saúde mal administrada, como é o Brasil. O que a sociedade brasileira ainda sabe muito pouco é o que estava por trás desse acordo rompido.
Quando foi consolidado o referido acordo, enquanto muitos vibravam ante a realidade de termos milhares de médicos dando assistência a milhões de brasileiros menos favorecidos, uma parte, inclusive a imprensa, olhava de esguelha essa situação. Primeiro, porque no Brasil se achava no poder um partido – PT – que só pensava “naquilo”, ou seja, no poder. Segundo, porque o arranjo foi feito entre esse mesmo PT e um país – Cuba – beneficiado com alguns “agrados” não-pagáveis do governo petista.
O que se soube, agora, através de denúncias por médicos cubanos em outros países, é que, além de terem 80% dos seus salários do “Mais Médicos” surrupiados pelo governo de Cuba, com a permissão da Opas, a missão desses profissionais, além de atender pacientes, era a de cabos-eleitorais dos governos petistas. Por trás de um programa salvador de vidas, ocultava-se uma manobra tendenciosa de consolidação do poder petista, com o apoio de uma Cuba aliada e financeiramente dependente.
COMO PAI DEVE AGIR – Desde que o presidente Bolsonaro se envolveu na campanha presidencial, quem mais lhe deu trabalho foram os filhos e alguns aliados. Agora, enquanto o filho Flávio, eleito senador, se acha envolvido em denúncias de atos ilícitos, ele, abordado sobre o problema em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, reagiu como um verdadeiro pai disciplinador e de pulso, ao afirmar que como pai, lamenta, “mas se forem verdadeiras as suspeitas, Flávio deve pagar por isso”.