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Lava Jato: 65 inquéritos investigam 92 políticos

Ilusionismo e um contorcionismo
sem precedentes
Senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a defesa de Dilma no impeachment

H á no Supremo Tribunal Federal 65 inquéritos que envolvem ao menos 92 parlamentares e autoridades com foro privilegiado, investigados na Operação Lava Jato. Todo esse trabalho vem sendo coordenado pelo ministro-relator Teori Zavascki, sob segredo de Justiça, e mostra que o maior escândalo de corrupção da História, iniciado no governo Lula, em 2004, e desbaratado no governo Dilma, em 2014, está longe de acabar.

Exemplos de cima
São investigados no âmbito do STF políticos como os presidentes da Câmara, deputado Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros.

Páreo duro
Eduardo Cunha soma oito inquéritos no STF, até agora, mas há quem aposte: em breve, ele ultrapassará Renan Calheiros, hoje com nove.

Processos na Câmara
Na Câmara, 298 (58%) dos 513 deputados respondem a algum tipo de processo na Justiça; de ações eleitorais a ações penais.
Processos no Senado
No Senado, segundo o portal Excelências, 45 (55,5%) dos 81 senadores respondem a algum tipo de processo na Justiça.

A sucessora
Lewandowski será substituído em 14 de setembro, na presidência do Supremo, pela atual vice-presidente, ministra Cármen Lúcia.

Aposentadoria precoce
Amigos de Lewandowski dizem que ele pretende antecipar sua aposentadoria, fazendo-a coincidir com o fim da sua presidência.

Reservas
A oposição vê com reservas o interesse de Lewandowski de presidir o julgamento de Dilma, com quem tem estreitas relações de amizade.

Licitação é poder
O mercado publicitário vive a expectativa, no eventual governo Michel Temer, de grandes licitações para escolha de agências de propaganda do governo. Só no Banco do Brasil, a verba anual é de R$ 600 milhões.

Posição de Skaf
O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, deixou claro a Michel Temer, sexta-feira (29), que pretende o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, hoje ocupado pelo rival Armando Monteiro. E que é contra a absorção da pasta pelo Itamaraty, com José Serra à frente.

Muy amigos
Figurões do PMDB, Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha adorariam ver Moreira Franco no Rio, longe de Brasília. Mas, se Michel Temer assumir, ele vai para o 3º andar, do Planalto. É onde fica o chefe.

Estertores
O governo Dilma tenta ganhar tempo, protelando o impeachment no Senado, até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgue o processo que pede a cassação da chapa presidencial PT-PMDB.

Medo de Moro
O ex-presidente Lula não fala sobre isso publicamente, mas acha que a sua saída seriam eleições ainda este ano. Única maneira de ganhar foro privilegiado para se manter fora do alcance do juiz Sérgio Moro.

O sonho de Jucá
O senador Romero Jucá (RR), presidente do PMDB, quer fazer a diferença como ministro do Planejamento. Ele sonha em virar um dos capitães da recuperação da economia e da retomada do crescimento.

Origem de Brasília
O deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) defende a redução de ministérios para 20. “Quem pensou em Brasília construiu a Esplanada com 19 prédios”, afirma. Hoje, são 32 ministérios no governo Dilma.

o poder sem pudor

Deputado oito vezes, o general gaúcho Flores da Cunha era culto, tribuno admirado e dono de grande rapidez de raciocínio. Certa vez, discursava na Câmara, presidida por Ulysses Guimarães, e tentava ignorar os pedidos de aparte de um deputado do baixo clero, que gritava:
– V. Exa. foge ao debate! É incoerente! Dá uma no cravo, outra na ferradura!
Flores da Cunha perdeu a paciência:
– V. Exa. é o culpado! Por que se mexe tanto? Assim não posso ferrá-lo…
O plenário desabou em demorada gargalhada.

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