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Fortaleza

Lava Jato chega à comunicação do Governo

A Polícia Federal já está na vizinhança [de Lula]
Líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), sobre a nova etapa da operação Lava Jato

A força-tarefa da Lava Jato volta suas atenções, agora, para a área de comunicação do Governo, com foco na Petrobras, Caixa e BNDES. Juntas, as três movimentam cerca de R$1 bilhão por ano, em verbas publicitárias. “É hora de abrir essa gaveta”, afirmou fonte ligada às investigações. “Gaveta” é como chamam na força-tarefa os temas que aguardam o momento adequado para serem investigados. Nessas “gavetas”, estão depoimentos e provas obtidas em mandados de busca.

Chefia cobiçada
Um dos alvos, Wilson Santarosa ocupou, por 12 anos, desde o início do governo Lula, a cobiçada chefia de Comunicação da Petrobras.

Elo de André Vargas
Outro alvo, Clauir Santos, ex-diretor de marketing da Caixa, é suspeito de integrar o esquema do ex-deputado André Vargas, hoje preso.

Aposentadoria
Após perderem os cargos na Petrobras e na Caixa, Wilson Santarosa e Clauir Santos desfrutam atualmente de confortável aposentadoria.

Caixa-preta aberta
Além do BNDES, investigadores da Lava Jato devem também devassar as áreas de comunicação de outros órgãos da administração federal.
Jogo…
A assessoria do Planalto informou que “não é praxe” cumprimentar autoridades estrangeiras e que caberia ao Itamaraty publicar nota.

…de empurra
O Itamaraty diz que “não é praxe” publicar nota oficial “a cada eleição que acontece nas 193 nações que compõem as Nações Unidas”.

Bairrismo
Segundo a assessoria, só cabe ao Itamaraty se manifestar em casos de eleições em países geograficamente mais próximos.

Muita pressa nessa hora
Dilma decidiu correr para defender o ex-presidente Lula publicamente, criticando o “vazamento” de informações da Lava Jato. Segundo ela “o ônus da prova é da acusação”. E o “ônus” da defesa não seria de Lula?
Renan quem?
O ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) não colocou no quadro de acesso, caroneando-os, os diplomatas que assessoram o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Aloysio Nunes (PSDB-SP), e o próprio presidente do Senado, Renan Calheiros.

Vergonha
A Infraero conseguiu transformar Congonhas numa rodoviária velha. Ontem, firmou-se no mais movimentado aeroporto do País, e o que mais fatura, uma impressionante cachoeira no meio do salão principal.

Bandeira branca
A Casa Civil está procurando líderes de oposição para negociar a aprovação do arrocho econômico. As amargas medidas são: a CPMF e a reforma da previdência. As chances de avanço são quase zero.

Mandou bem
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), tomou atitude que se esperava dele, chefe de um governo quebrado: cancelou a compra criminosa de motos de luxo BMW no “Detran Ostentação” do DF.
Pai da criança
Os peemedebistas acreditam que o Governo tenta colocar a culpa pelo surto do zika vírus na conta do partido. “Marcelo (Castro) assumiu com a crise já na porta”, afirma o deputado Lúcio Vieira Lima (BA).

Vira-casaca
O Palácio do Planalto considera reduzidas as chances de Leonardo Picciani (RJ) vencer a eleição de líder do PMDB. Preocupado, o Governo escalou Jaques Wagner para conversar com Hugo Motta (PB).

Pergunta
que não se cala
De Denise Frossard, juíza que mandou para a cadeia toda a cúpula do jogo do bicho no Rio de Janeiro, em passado recente: “Sou contribuinte e como tal gostaria de saber: que fim levou o affair das vigas de ferro retiradas na demolição do elevado da perimetral no Rio?”

Pensando bem…
… a 22ª parte da operação Lava Jato da PF, batizada de Triplo X, bem que poderia ser chamada de “cerca barba”.

o poder sem pudor

Ex-governador de Pernambuco com fama e hábitos esquisitos, Roberto Magalhães acabara de ser eleito deputado federal. Num sábado deserto de Brasília, queixou-se de dor de dente, pediu ajuda a amigos para localizar um dentista, e o abscesso foi neutralizado. No fim da consulta, ele pediu:
– O sr. me dá um atestado?
– Claro. Mas, permita-me a pergunta: para que o sr. quer um atestado?
– É para mostrar à doutora Jane.
“Doutora Jane” é como Magalhães chama a própria mulher, que não acreditava na sinceridade de sua dor.

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