23.1 C
Fortaleza

Líderes pró-impeachment temem o “já ganhou”

Se eu perder, sou carta fora do baralho
Presidente Dilma Rousseff, sobre a
votação do impeachment, domingo, na Câmara

A euforia provocada pela rápida deterioração da situação da presidente Dilma gerou um clima de “já ganhou”, que passou a preocupar o “QG” do movimento que articula o impeachment na Câmara dos Deputados. Até o Palácio do Planalto admite que os “ventos” sopram em favor do impedimento, mas a oposição teme que o Governo, desesperado, aproveite para usar de recursos nada republicanos para virar a mesa.

Subestimar, não
Políticos experientes não subestimam o Governo, que tem “excesso de dinheiro”. E, sobretudo, escassez de escrúpulos, mostra a Operação Lava Jato.

Faca e o queijo
Quem tem a caneta na mão e a chave dos cofres públicos ainda é Dilma. “Com controle de cargos”, lembrou membro da oposição.

Gatos
escaldados
Acenos de Dilma para retomar alianças esbarram no relacionamento sempre ruim com partidos, que reclamam dos seus maus-tratos.

Alianças desfeitas
A presidente Dilma Rousseff até nomeou ministros de outros partidos, mas lhes tirava verbas e programas, tornando os cargos decorativos. Isso, eles não esquecem.
Liberou geral
O partido apoiava Dilma, mas decidiu liberar a bancada, formada por 13 deputados federais, após ligações dos doadores de campanha.

Confissão da lorota
Dilma reforçou os votos pró-impeachment acenando um “pacto” com aqueles a quem acusa de “golpe”. Noves fora, “golpe” era só lorota.

Não era bem assim
Ninguém acreditou quando Carlos Lupi, capataz do PDT, anunciou que o partido votaria 100% contra o impeachment da presidente. Três já o desmentiram.

Delegado no Governo
Portador de tornozeleira eletrônica, o mensaleiro Valdemar Costa Neto recebeu Edson Moreira (MG), delegado do caso do goleiro Bruno. O policial aproveitou a fama para virar deputado. Agora, virou opção de Valdemar para cargo importante no Governo. De Dilma ou de Temer.

O “eleitorado” cresce
O deputado Maurício Quintella Lessa (AL), que perdeu a liderança do PR por apoiar o impeachment, mostrou força: levou a Michel Temer uma dezena de correligionários que votarão contra Dilma.

Bastidor do poder
No auge da repercussão do vazamento do áudio, Michel Temer leu as notícias, inclusive no site DiáriodoPoder.com.br, deitou-se no sofá, pôs o iPad sobre o peito, fechou os olhos e fez silêncio. Depois, se levantou calmamente e foi encontrar repórteres que aguardavam as explicações.

Desestabilização
A cúpula do PT acredita que se Dilma cair e Michel Temer assumir, Lula e aliados conseguirão infernizar e desestabilizar o novo presidente como forma de viabilizar a candidatura petista a presidente, em 2018.

Fundo do fundo
A pindaíba do Governo é tão grave que faltou dinheiro até na mídia da Presidência, verba oficial de publicidade. Agências contratadas não recebem e são forçadas a pedir descontos e prazos para pagamento.

Sem virgens, nem santos
Ministro líder no Superior Tribunal de Justiça acha que o impeachment não se torna ilegítimo pelo fato de Cunha presidir a Câmara: “Seria como desqualificar a testemunha de homicídio num cabaré por ser prostituta. “Em ambos os lugares, não existem virgens ou santos”.

Aposta no dólar
No cafezinho da Câmara, os deputados brincavam com a provável queda de Dilma, aconselhando investimento em dólar na segunda-feira, porque o mercado deve reagir muito positivamente à queda de Dilma.

Abestado infiel
Líder do PMDB na Câmara em 1986 e 1987 e líder do governo José Sarney (PMDB) entre 1987 e 1988, o ministro Marcelo Castro (Saúde) pode não retornar ao cargo e ainda perder o partido, por expulsão.

Pensando bem…
…o pacto proposto por Dilma Rousseff deve ser a sigla de Projeto de Acordão Contra Temer e Oposição.

O rei nu

Discreto e comedido, o jurista Miguel Seabra Fagundes, ministro da Justiça do presidente Café Filho, revelou os detalhes do momento em que foi convidado para o posto: os tanques do general Lott cercavam o apartamento de Café, no Posto 6, e a antessala estava cheia de líderes da UDN, quando Seabra ouve um chamado lá de dentro: – Ó, Miguel, vem cá!
Seabra descreve a cena: – Ao entrar no quarto, deparei-me com uma cena insólita: naquele sufoco todo, Café esquecera de vestir-se. Estava simplesmente nu.

Mais Lidas

Entenda 2º projeto aprovado da reforma tributária

A proposta aprovada pelos deputados trata das regras do Comitê Gestor do IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) de estados e municípios, que será...

Férias

As colônias de férias espalhadas pela cidade tem sido muito procuradas pelas crianças neste mês de julho. São espaços onde o contacto com a...

Delfim Netto e o ‘Milagre Econômico’

Antônio Delfim Netto, economista catedrático e político brasileiro faleceu nesta segunda-feira (12) aos 96 anos. Foi ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento,...
spot_img