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Médicos ou almofadinhas?

Justamente quando o país mais necessita da presença dos poderes públicos em níveis federal, estadual e municipal no sentido de ofertar mais segurança para a saúde da população, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, no decorrer de importante evento internacional joga “água na fervura” dos que esperam por esse benefício. Segundo afirmou ele, é difícil de acreditar que novos médicos formados no Brasil estejam dispostos a enfrentar lugares distantes, sem conforto e sem segurança. Imagine se grande parte desses profissionais não fosse formada às nossas custas.
A declaração de Barros chega na hora que ele anuncia a prorrogação de mais três anos no programa “Mais Médicos”, uma das raras e inspiradas iniciativas do poder federal nas últimas décadas. Com todos os seus defeitos, que fazem parte da desorganização brasileira, o “Mais Médicos” é o maior projeto do gênero no mundo, quando atendeu até hoje mais de 63 milhões de pessoas, através de 18,2 mil médicos e 4.58 municípios. A prorrogação anunciada pelo ministro pretende compensar a não chegada do programa a locais de acesso quase impossível.
Diante do que advertiu Barros, podemos concluir continuarem os apelando para a vinda de médicos de outros países do continente americano, ou seja, gente formada na Bolívia, Venezuela, Peru e outros, onde a qualidade mandou lembrança, À exceção de Cuba, cujo nível, competência e empenho dos médicos é exemplar, lamenta-se apenas eles terem seus salários quase todos saqueados pelo governo dos Castro. Quanto aos bonitinhos do Brasil seria bom que fossem obrigados, “na marra” a trabalhar onde fossem mandados, para pagarem o curso que a sociedade lhes financiou.

COMO FICA? – Se há situação que deixa o cearense com muitas dúvidas é como ficará a situação da sucessão estadual e federal de 2018, no nosso Estado. Temos um governador que é do PT, mas terá apoiar o presidenciável – Ciro, do PDT, enquanto o senador Eunício, do PMDB, que poderá apoiar a reeleição do governador, diz que apoiará Lula se o PMDB não tiver candidato. Esse é mais um daqueles teoremas malucos que só a política é capaz de armar para fritar o juízo do eleitor.

NÃO SERÁ MOTIVO – O país sabe das pretensões e tendências do ex-capitão do Exército e agora deputado federal Jair Bolsonaro. Portanto, vota nele quem nele acreditar, mesmo com a revista Businessweek, dos EUA, alertar que a eleição dele derrubaria as bolsas, por que ele mesmo confessou “não entender de economia”. Ora, me compre uma porca! E quem disse que Collor, Lula e, principalmente, Dilma (cujo diploma de economista era falso) entendiam disso?

TUDO ERRADO! – Em mais uma de suas indefectíveis e ferinas declarações na AL, o deputado Fernando Hugo (PP) bateu rijo no governo da União, em relação à luta contra a criminalidade e a violência. Para ele, enquanto o Governo do Estado se desdobrar para modernizar e armar a PM, com projetos como o RAIO, e o Planalto não “fechar as porteiras” interestaduais e internacionais das drogas, não teremos uma sociedade defendida contra a bandidagem que impera solta.
QUESTÃO DE ESTRATÉGIA – Na visão do deputado Roberto Mesquita, do PP, o Governo do Estado está deixando de cuidar de culturas que independem de invernos. Trata-se, segundo ele, da exploração da carnaúba e da cajucultura, ambas com grande capacidade de produzir renda e empregos, além de sua grande resistência à falta de inverno que caracteriza o semiárido nordestino. Se fosse em países como Israel seriam fonte de grande valor para a economia local.

ACERTANDO EM CHEIO – A chegada do deputado Audic Mota à 1ª- Secretaria da Mesa da AL foi uma escolha inspirada do comando daquela Casa. Advogado brilhante e estudioso das leis que regem o funcionalismo público, notadamente do Legislativo, ele tem colocado as coisas nos seus devidos lugares, incluindo a produtividade do quadro funcional, disciplina no trabalho da imprensa no Plenário e o bom funcionamento dos setores destinados a bem servir à população.

GUERRA INJUSTA – A guerra que movem os taxistas e os políticos seus protetores (e muitas vezes sócios) visando inviabilizar o trabalho dos profissionais dos aplicativos UBER é de uma injustiça que brada aos céus. Ainda bem que o Senado não aprovou o projeto que ameaçava destruir essa fonte de sobrevivência para dezenas de milhares de pais de família que querem sobreviver. O problema é: magnatas do setor com até 100 táxis temem ficar mais pobres… Uma vergonha!

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