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Fortaleza

Menos “paraquedistas”

Recebemos comunicação do professor Luciano Jácome, de Ubajara, membro do Conselho de Desenvolvimento Regional do Planalto da Ibiapaba – CONDERI, dando conta de importante reunião a ser realizada em Viçosa do Ceará, com a participação de filhos daquela região que ocupam cargos importantes, estejam em condições financeiras favoráveis, e que possam disputar cadeiras na Assembleia Legislativa e até mesmo na Câmara dos Deputados, e um dos lemas é “Chega de Paraquedistas!” A expressão tornou-se popular nas eleições dos anos 50-60 e referia-se a forasteiros chegados “do nada” para se eleger em cidades com pouco ou nada tinham.
Para justificar esse posicionamento, o CONDERI e outras instituições da Ibiapaba mostram o desacerto de uma região composta por oito cidades, contendo 400 mil habitantes e 250 mil eleitores há décadas sem um único representante estadual ou federal eleito. Como resultado, pelo menos oito dos deputados da AL deveram suas eleições àquela região, e o pior de tudo é que sem nenhuma ajuda concreta terem conseguido para quem os elegeu. Diante dessa situação, será razoável que essa mobilização seja feita com critérios suprapartidários.
Conforme os princípios que regerão essa movimentação, muitos advogados, engenheiros, médicos, agrônomos, arquitetos e outros hoje vencedores em suas profissões e especialidades serão convocados para missão de defender a Ibiapaba, hoje uma potência turística, e destaque no campo da floricultura e horticultura para que essas potencialidades não sejam mal aproveitadas. Há décadas, nos anos 50, o governador Raul Barbosa afirmava que a Ibiapaba seria o “Celeiro do Ceará”. Mas essa “profecia” só se cumprirá se for com ação dos filhos da região.

SEGUNDO PLANO – Um dos maiores problemas enfrentados pelas lideranças políticas do interior, incluindo prefeitos, é o comportamento de determinados parlamentares que, filhos de determinada cidade, despejam ali todo o seu potencial de projetos e liberação de recursos, deixando as demais em segundo plano. É essa uma das raízes das extremas diferenças econômicas entre os municípios do Ceará, com total desvantagem para quem não tem deputado.

NÃO PODE – Na visão do deputado Danilo Forte, do PSB, é necessário e urgente mudar a legislação aprovada, de que caberá as Câmaras Municipais aprovarem ou não as contas dos gestores municipais. Isso só seria praticável se estivéssemos na França ou na Suécia, onde as Câmaras são compostas por concursados, sem nenhum compromisso político com governantes. Permitir às câmaras que funcionam como sabemos “penduradas” nos prefeitos, é ridículo.

BOA IDEIA – Nesse seu segundo mandato, o prefeito Roberto Cláudio tem demonstrado estar realmente disposto a fazer mudanças importantes e produtivas. Um exemplo é a decisão de levar, a cada mês, todo o seu gabinete para administrar num bairro diferente. Já houve tentativas similares, mas que só serviram para vereadores dos bairros contemplados fazerem demagogia e politiquice eleitoreira. Com RC, quem vai falar o que deseja nesses eventos é a população.

ESPERANÇA – Há um raio de esperança para os servidores públicos federais, estaduais e municipais, ameaçados de ser “podados” com a reforma da Previdência, como propõe o Planalto. Nesse sentido, o cearense Eduardo Paz, chefe da Defensoria Pública da União prepara reunião em Brasília com representantes de servidores de todo o país. A ordem, nesse caso, será mobilização nacional contra a reforma, exigindo mudanças que a tornem menos radical.

PEGOU MAL – Pegou muito mal a decisão do PSDB de Fortaleza, no sentido de desprezar qualquer tipo de “oposição responsável e construtiva”, e partir para cima da administração do prefeito Roberto Cláudio. Oposição, desde que política é política e democracia é democracia, deve ser praticada não para destruir, mas para ajudar a corrigir possíveis descaminhos de uma administração. Desse modo, seria de bom augúrio o PSDB regional impedir essa inconveniência.

SEM ESSA, PRESIDENTE! – O presidente Temer, segundo o deputado Chico Lopes, merece as críticas que têm recebido diante de algumas de suas atitudes. A mais recente, é “jurar de pés juntos” que não tem candidato à presidência da Câmara dos Deputados, quando se sabe que “Põe debaixo dos panos” o que ele mais quer é a manutenção do carioca Rodrigo Maia, sua mais inteira confiança, com o que terá facilitada a aprovação de muitas “bombas” do seu governo.

TOMARA QUE CAIA – Entre as poucas esperanças que ainda podemos ter, em relação aos políticos que aí estão, é que o grupo “melhorzinho” deles aprove a redução do número de partidos. Há um pouco de otimismo no sentido de que, ainda bem que os chamados grandes partidos, os mais prejudicados com os “nanicos” estão unidos nesse sentido. Assim, pode ser que nas próximas eleições essa “salada de letras” tenha sido mandada para o lixo da nosa História.

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