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Fortaleza

O RIO ESTA CADA VEZ MAIS LINDO

É realmente lastimável o que acontece, hoje, com o a cidade maravilhosa. Servidores públicos invadem a Assembleia Legislativa para protestar contra a aprovação do Projeto de Lei, enviado pelo Poder Executivo, de ajustes das finanças do Estado do Rio de Janeiro. As 11 medidas para sanar o rombo nas contas incluem previdência, elevação da contribuição dos servidores estaduais, de 11 para 14%… O governo, também, quer revisar todas as aposentadorias e ser mais rigoroso na análise de novos pedidos. Neste projeto de lei existem cláusulas justas e que devem ser aprovadas, mesmo que sejam drásticas.

A situação em que se encontra o Rio, hoje, exige isto, é questão de vida ou morte da máquina governamental. Os integrantes dos poderes Executivo Estadual e Municipal, Judiciário e Legislativo devem fazer parte do “bolo” do sacrifício, como venho defendendo em várias colunas. O problema é de todos os brasileiros sem exceção de ninguém. Não é justo ver trabalhadores celetistas perdendo seus empregos, nem pequenos empresários, que, conquistaram com tanta luta seus empreendimentos, fecharem suas portas. É inconcebível existir salários exorbitantes, milhares de mordomias e desmandos com o dinheiro público a “pau”.

Outros estados da federação sofrerão brevemente o mesmo, os cofres também estão vazios e medidas devem ser tomadas para saírem da falência e sobreviverem no futuro. Não somente eu, como os cariocas, que são altamente bairristas, e gente de toda parte do mundo devem estar deprimidos com a falência do Rio e, ao mesmo tempo, aplaudindo a prisão de supostos responsáveis por esse desastre, gestores do passado, Sergio Cabral e Garotinho. Vejo com muito tristeza, sinto muito. Morei 7 anos de minha juventude no Rio e amo de paixão. Estive, no feriado retrasado, alguns dias por lá, fiz o que nunca havia feito, dei uma de turista mesmo. Fiquei extasiada, encantada com a cidade, após as obras das olimpíadas, ela está magnífica.

No horário de verão, sai as 10h30 da manhã de metrô, limpo e confortável, foi construída, em 6 anos, a linha 4, que liga Ipanema a Barra. Já não acontece o mesmo com o de Fortaleza, a construção do metro daqui faz mais de 30 anos que está para ser concluída, vários governos já passaram e apenas um trecho de Maracanaú para o Centro foi finalizado e mal funciona, só vive dando problema.
Desci do metro e peguei o VLT na estação Santos Dumont, projeto que liga toda a região revitalizada do Centro a portuária em 28km e 32 paradas. Esta revitalização trouxe novas cores e vistas perdidas, que eram desconhecidas do carioca e de seus turistas, como a da Baía de Guanabara. Antes de entrar no VLT, fui muito bem assessorada pelos agentes, para adquirir o bilhete de acesso na estação. Juro, atendimento inexistente nos metros da Europa.
Já dentro dele, encontrei música agradável, com uma bonita voz informando a passagem pelos pontos turísticos. Só teve uma “gafe”, a locutora, quando traduzia para inglês era o fim da picada. Até eu, que não domino muito a língua, fiquei envergonhada da sua pronúncia, era ruim demais. Conheci, nesta oportunidade, por fora, os pontos turísticos da cidade histórica, por volta de uns 26. Finalizei meu passeio na Nova Praça Maú, quando sentei em uma barraca de comida, porque estava exausta de fome, comi um baião de dois maravilhoso, com linguiça bacon e carne de carneiro. Fiquei apreciando a vista, belíssima, do porto e, para variar, comecei a conversar, descobrindo que a responsável pela deliciosa comida era uma cearense de São Gonçalo.

Após uma cocada, dirigi-me ao Museu do Amanhã, mas, antes, bati uma foto com o personagem Santos Dumont e sua aeronave. A fila estava pequena ainda. Na entrada, fui logo surpreendida com um globo terrestre que mudava de cores. Passei pela cafeteria, tomei um cafezinho para despertar, pois aquele passeio estava dando-me tanto prazer, que deixou-me meio lerda, tranquila, algo raro, atualmente. Fui a segunda sala, havia textos e ilustrações com artes plásticas descrevendo a cidade, com seus bairros e individualidades. Contando a história de cada um e valorando com narrações de residentes. O tempo urgia e fui ficando apreensiva, de não ter tempo suficiente para conhecer o Museu de Arte .O jeito foi ir embora e voltar em outra oportunidade para explorá-lo mais. Fui beirando pelo mar, e aí dei de cara com um jovem rapaz tocando violino, parei, claro. Rezei e agradeci a Deus por estar vivendo aquele momento tão belo. Ouvi alguma músicas clássicas e segui meu caminho. Quando, novamente, fui surpreendida com o som de um saxofone, pirei. Sentei no banco e viajei no pensamento, logo em seguida cai na real, tinha que ir ao outro museu.

Sou amante de história, sempre fui uma ótima aluna. Parei em cada quadro que narrava sobre a criação do meu amado Brasil, no Museu de Arte. Delirei com os quadros, com as peças de móveis antigos, com as bonecas, cartas, tratados, livros e fotos de negros escravos. Confesso que era uma ignorante em relação a importância de D. Leopoldina para independência do Brasil e incentivo as artes. Só sabia apenas da Imperatriz, que era irmã da mulher de Napoleão Bonaparte, que foi obrigada a casar com D. Pedro, era da nobreza austríaca e levou muito chifre do “Don Juan”. D. Pedro I, que perdeu um filho, ainda na barriga de sua mulher, por causa de um chute que teria dado nela.

Após ler sobre a história nos painéis do museu fiquei orgulhosa da Imperatriz, ela foi a primeira mulher no Brasil, que participou intensamente da política brasileira e que sempre esteve envolvida nos principais acontecimentos da época da independência e império brasileiro. Vale a pena voltar a visitar os dois museus com mais calma, como também dar continuidade ao passeio de VLT para conhecer os outros pontos históricos, anterior a eles, como os outros pontos turísticos revitalizados depois da Praça Quinze.
Os museus fecharam, o sol ainda estava brilhante e, para fechar o dia maravilhoso, fui tomar um chope no baixo Leblon com minhas amigas, irmãs gêmeas Solange, Silvana e seu marido Fernando Maia, um outro grande amigo, (fico na residência deles sempre e sou tratada como se estivesse em um hotel de 5 estrelas).

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