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Os incentivos do Nordeste

 

Os empresários, investidores e técnicos do Nordeste têm o que comemorar com a prorrogação até o ano de 2023 do prazo para que as pessoas jurídicas com projetos aprovados tenham direito a redução de 75% do Imposto de Renda calculado com base no lucro da exploração do empreendimento. A boa notícia saiu ontem da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo, que prorrogou os incentivos fiscais para empresas com projetos nas áreas de atuação da Sudam e da Sudene. Ao longo do tempo, os incentivos fiscais originários do Sistema 3418 puderam incentivar implantações de empresas nas áreas da Sudam e da Sudene com geração de empregos que contribuiu para o desenvolvimento econômico e social das regiões Norte e Nordeste.

O último prazo para estas deduções estava fixado em 2018, que trazia apreensões aos empresários, que não tinham perspectivas de outras saídas e nem tempo hábil para aprovações de outros projetos. Agora principalmente, com o desgoverno, a recessão, a desqualificação do Brasil no mercado internacional, esta é uma notícia boa em que se pode confiar. A prorrogação dos incentivos fiscais sempre foi desejável, uma vez que além da insegurança jurídica provocada pelo término muito recente, a perspectiva de extinção dos incentivos fiscais gerava tendência natural de migração dos investimentos para ambientes mais competitivos nas regiões mais desenvolvidas afim de evitar futuros prejuízos econômicos a estes estados.

Perdas
A crise hídrica no mundo levou a perdas financeiras da ordem de US$ 2,5 bilhões em 2015 para empresas que responderam um questionário da Carbon Disclosure Project, publicado na sexta edição do relatório anual “Accelerating Action“. O estudo colheu informações de 405 companhias de capital aberto listadas em bolsas de vários países. O prejuízo de US$ 2,5 bilhões foi constatado em 27% das empresas consultadas, segundo o relatório da CDP. Quase dois terços (65%) das empresas que participaram do estudo relataram que estão expostas a algum risco hídrico.

O relatório cita o exemplo da multinacional francesa Engie, do setor elétrico, que teve redução das receitas e no ano de 2014 como efeito da falta de chuvas que assola o Brasil. O impacto financeiro sobre a companhia foi de aproximadamente US$ 223 milhões, quase 3% do lucro operacional do ano passado. O levantamento também menciona o caso da multinacional Unilever, que advertiu que suas operações no Brasil provavelmente enfrentarão pressões para reduzir o consumo de energia, devido ao efeito da seca na produção de energia hidrelétrica. Segundo o relatório, as empresas enfrentam dificuldade em crescer devido à escassez de água e aumento de consumo, e “mudanças nos padrões de comportamento de consumo estão levando à reavaliação de estratégias empresariais”.

 

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