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Para ganhar tempo

Levar o carro até uma concessionária para uma revisão programada, essencial antes de tudo por razões de segurança e também manter a garantia contratual do fabricante, sempre obedece a um ritual que pouco mudou em décadas, no Brasil ou no exterior. Nos anos 1960 e 1970 tudo acontecia em ritmo mais lento. Não se costumava agendar nada. Era ir ao local e esperar pelo atendente, depois alçado à condição de consultor técnico.
Isso mudou na medida em que a frota de automóveis aumentou nos grandes centros e ficaram escassos os locais para construir novas oficinas. Hoje, o agendamento prévio por telefone ou internet é quase mandatório mesmo em atendimentos de rotina, sem considerar as campanhas de recall inexistentes no passado. Ainda assim, uma vez já na recepção, há procedimentos a seguir desde a inspeção visual até anotações de dados do manual do proprietário, queixas específicas sobre algum defeito e negociações sobre o orçamento.
Ao voltar para retirar o carro o processo pode se tornar mais lento, em especial no fim do expediente. Checagem dos serviços, conferir nota fiscal, pagar a conta e esperar pela devolução do veículo. Nos EUA, o tempo gasto é ainda maior. Com aluguel a preço acessível, muitos clientes utilizam um carro reserva e marcas premium nem chegam a cobrar pelo serviço, mas existe burocracia adicional.
Só que há algumas soluções eletrônicas por lá para amenizar os atrasos no processo. Afinal, time is money (tempo é dinheiro), como diz o ditado. Uma empresa chamada MyDealerLot criou uma etiqueta transparente fixada atrás do espelho retrovisor que identifica o proprietário logo que se aproxima da recepção. O consultor técnico recebe automaticamente uma mensagem de texto identificando o cliente e seu histórico de serviços. Se for um veículo emprestado, o departamento é avisado, faz as contas e o manobrista recebe um aviso. O processo, que tomaria até 30 minutos, se reduz a 10 minutos.
Existem também aplicativos usados para agendar on line revisões ou serviços específicos. Quando o motorista entra nas dependências internas da oficina, o consultor apanha seu tablete, escaneia a etiqueta de identificação veicular e já aparecem na tela as visitas anteriores e informações sobre recall. O sistema de diagnose a bordo também pode ser plugado ao tablete e fornece dados sobre quilometragem percorrida, relatório de falhas do motor e de outros componentes e também sobre pressão de pneus medida por gerenciador automático exigido por lei nos EUA e na Europa.
Este processo de ganha-tempo não está disponível em todas as concessionárias, mas em vários casos o próprio fabricante estimula e facilita a troca de dados com equipamentos externos. Existe a tendência de o sistema tradicional de manutenção por tempo decorrido ou quilometragem rodada evoluir para um controle eletrônico inteligente sobre o modo de utilização.
No futuro a comunicação será facilitada quando se tornarem comuns os chips de telefonia celular integrados às centrais multimídias e estas interagindo integralmente com os sistemas de diagnose a bordo. O cliente chega à concessionária e os serviços já estarão discriminados e orçados, bastando a sua aprovação. Bom para todos.

Congresso da Fenabrave (associação das concessionárias) destacou o clima de possível reação das vendas no último trimestre do ano. Barry Engle, presidente da GM América do Sul, além de projetar crescimento do mercado de 12% em 2017, reconheceu que a indústria se empolgou demais no seu planejamento anterior. É raro um executivo fazer análise tão sincera.

Expectativa maior do Congresso foi sobre o que pensava o governo federal acerca do plano de renovação de frota, rebatizado de Programa de Sustentabilidade Veicular. Ainda está em análise para possível anúncio no próximo ano. Já se sabe, no entanto, de fortes limitações no orçamento público. Ordem agora é aguardar e peneirar as sugestões, de fato, viáveis.

Depois de investimento de R$ 46 milhões, a Toyota está apta para desenvolvimentos locais. Em sua fábrica de Diadema (SP) inaugurou esta semana seu 15º centro de pesquisas. Os demais estão no Japão, EUA, Europa, Ásia e Austrália. Nos planos, além de reestilizações e testes de motores, surgirão derivações de produtos específicos para a América Latina.

Novo Mini Cabrio mostra que nunca convém ficar de fora do restrito mercado de conversíveis. Oferecido apenas na variante Cooper S, o carro é harmonioso, independentemente da capota aberta ou fechada. O recente motor BMW 2-litros/192 cv “empurra” de verdade. Acabamentos e materiais são de primeira qualidade e o preço acompanha: R$ 164.950.

Ford modernizou sua central multimídia com tela capacitiva de 8 pol. na linha 2017 dos Focus hatch e sedã, além de incluir luzes diurnas de LED. Preços ainda não foram anunciados, porém versões intermediárias continuarão com o sistema anterior. Nova central mais rápida e intuitiva inclui Android Auto e Car Play, integrando pacote de itens de segurança e conforto.

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