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Pedir e receber

O grande livro de autoajuda, do pensamento positivo e da transformação humana foi escrito há muitos anos, e geralmente não é encontrado nas prateleiras especializadas das livrarias. Esse livro traz os fundamentos que depois foram utilizados por escritores notáveis que se imortalizaram como precursores do gênero, como DALE CARNEGIE (1888/1955) e NAPOLEON HILL (1883/1970). Tais autores trouxeram luzes interessantes e argumentação empírica a diversas regras para o sucesso e a felicidade. Mas analisados com profundidade, se pode perceber que as bases de sua argumentação já tinham sido expostas anteriormente neste velho livro. Chama-se Bíblia. Numa de suas passagens mais marcantes, o Evangelho traz pela presença do Cristo duas máximas importantíssimas, que embasam as regras de ouro dos pensadores citados: a determinação “amai-vos uns aos outros” e “pedi em meu nome e recebeis”.

Permanecer no amor de Cristo significa confiar absolutamente em sua ação concreta em nossas vidas. A confiança na providência de Deus vem de uma consideração racional sobre o Evangelho, com a percepção de Seu compromisso conosco: “Permanecei em mim, que Eu permaneço em vós”. Todavia, o desafio não é só à racionalidade cristã. Para que possamos viver com intensidade esta promessa se faz necessário que, além desta racionalidade, exista também uma inabalável fé em sua capacidade de produzir maravilhas na vida real.

Portanto, a promessa “tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo concederá” é uma atribuição de poder sobrenatural aos seguidores de Cristo. O que for pedido com fé, em nome do Filho, será concedido pelo Pai. Acreditamos nessa promessa ou nos rendemos a um fatalismo esvaído de fé, que mais parece uma aceitação passiva de realidades impostas pelo destino? Temos a fé transformadora do mundo? Ou tomamos o Evangelho apenas como um consolo pálido para as coisas da vida? Podemos remover montanhas? Caminhar sobre as águas? Ou somos mortais demais para qualquer evento sobrenatural?

Mas quem nos promete esse poder de pedir e receber? Simplesmente o Cristo. É Ele quem afirma em que medida podemos nos tornar em Deus instrumentos de sua Obra. Nos pede que acreditemos nessa promessa e transcendamos nossa natureza limitada, porque a fé supera qualquer limitação humana. Daí a grande alegria que cada cristão deve trazer em seu coração: somos parceiros da Obra de Deus, pequenos pontos de luz acendidos e mantidos pela fé em Jesus Cristo.

A receita desta Transcendência continua, na Palavra: pedir em seu nome e nos amarmos incondicionalmente. Como ele nos amou, amor de entrega absoluta. Vencer as competições no seio da comunidade cristã, aplacar as vaidades religiosas dos que pretendem se sentir mais preparados e profundos que os demais, como os apóstolos que discutiam quem era o maior entre eles. Vencer a infantilidade religiosa, eis o desafio que abre espaço para o amor cooperativo que permitirá o crescimento espiritual de todos.

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