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Planalto quer o erário bancando “governo paralelo”

Impeachment é ‘golpe’ tanto quanto o Brasil é ‘pátria educadora’
Senador Cristovam Buarque (PPS-DF) comparando duas grande mentiras nacionais

Plano secreto do Planalto, ao qual esta coluna teve acesso, prevê uma manobra que obrigaria os cofres públicos a bancar o “governo paralelo” anunciado por Dilma após seu afastamento. A ideia é nomear, ainda no governo atual, antes do dia 11 (data de votação do impeachment), os membros do futuro “governo paralelo”. Ao serem demitidos pelo novo governo, pedirão o “direito a quarentena remunerada” por 4 meses.

Olha a “ética pública”
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República teria papel essencial para fazer os cofres públicos bancarem o “governo paralelo”.

Quarentena remunerada
O esquema prevê aprovação da “quarentena” pela Comissão de Ética Pública, alegando “inviabilidade” de os demitidos obterem empregos.

Suficientes
Quatro meses de “quarentena remunerada” serão suficientes para bancar o “governo paralelo”, avalia a cúpula do PT no Planalto.

Precedente
Suspeito de corrupção no governo, ex-ministro Antonio Palocci obteve “quarentena remunerada” avalizada pela Comissão de Ética Pública.
Governo Dilma parado: DNIT interrompe 61 obras
Com a presidente Dilma dedicada exclusivamente a tentar salvar a própria pele, seu governo dá sinais de falência múltipla de órgãos: o próprio diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT), Valter Silveira, assina um documento em que propõe a paralisia de 61 importantes obras de construção rodoviária, além da suspensão de 40 contratos de supervisão. Tudo por falta de dinheiro.

O dinheiro acabou
O documento ‘Relato 123/2016’, do DNIT, mostra ser impossível pagar R$ 19 bilhões do custo das obras: dispõe apenas de R$ 6 bilhões.

Quem manda, sabe
A proposta de paralisação das 61 obras, obtida pela coluna, é assinada pelo diretor-geral e Luiz Ehret Garcia, diretor de Infraestrutura do DNIT.

Palavra final
Ao DNIT coube propor a paralisia das obras e dos contratos, mas a palavra final será do Ministério dos Transportes.

Não, sim, talvez
Renan Calheiros contou a interlocutores que nada prometeu a Lula, ao ouvir o pedido para “virar votos” de senadores no impeachment. “Dilma conta comigo, mas sabe que há coisas que não posso fazer”, disse ele.

A volta de Carlão?
Com Dilma em baixa, já há apostas na sua reaproximação com o ex-namorado Carlos Nogueira, secretário nacional de Geologia. Ele rompeu uma semana antes de Dilma ser escolhida por Lula candidata a presidente, em 2010, ganhando o epíteto “Carlão, homem sem visão”.

Manda quem pode
É jovem o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, mas entende dos sinais do poder. Mostrou que mandava mesmo no ex-ministro da Saúde Marcelo Castro. Mandou inclusive que ele pedisse demissão.

Mulher coragem
Corajosa, como sempre, a jurista Janaína Paschoal usou de fina ironia para colocar a tropa de choque do PT no seu devido lugar: “A oposição fala que a nossa denúncia é golpe…”. A futura oposição, faltou dizer.

Proteção do foro
Rumores sobre a iminente prisão de Carolina, na Operação Acrônimo, teriam levado o governador mineiro Fernando Pimentel (PT) a nomear sua mulher secretária de Estado. O ato não se sustenta, por configurar nepotismo, mas foi uma emergência para garantir-lhe foro privilegiado.

Cidades para o PP
O PSD pediu a Michel Temer o Ministério das Cidades, mas o vice-presidente prefere o PP, cuja bancada na Câmara tem 47 deputados. Mas o partido de Gilberto Kassab, que tem 36, será contemplada.

CPI da Anatel
Hélio José (PMDB-DF) recolhe assinaturas para criação, no Senado, da CPI da Anatel, a Agência Nacional de Telecomunicações sempre boazinha com as empresas que deveria fiscalizar. Já tem 45 adesões.

Antigo cacoete
Na comissão do impeachment, a “tropa de choque” governista repete a velha estratégia petista: em vez de discutir a denúncia de que é alvo, por mais grave que seja, prefere desqualificar e atacar o denunciante.

Credibilidade para quê?
Só no Brasil o presidente de um banco retoma o comando da instituição financeira após passar uma temporada na cadeia…

o poder sem pudor

Cachorro não vota
Cena contada por Simão Pessoa, no seu
“Folclore Político do Amazonas”: um homem chega para votar em Iranduba, na eleição de 2000, seguido por um cão. “Vai embora, Faísca!”, ordena. Mas o cachorro o ignora.
– Deixa de ser intrometido, Faísca! – insiste.

Como o animal não arredava patas, tomou um chute nas costelas. O pobrezinho saiu em disparada, ganindo. O homem explicou suas razões aos demais eleitores, indignados com a agressão:
– Bicho besta, esse Faísca. Eu já disse que aqui a gente pode votar em cachorro, mas cachorro ainda não pode votar…

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