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Fortaleza

Populismo perigoso

O Brasil vive um daqueles momentos em que, segundo o senador Cristóvam Buarque (PPS), os cidadãos realmente de bem devem estar atentos, para impedir a qualquer custo a subida ao poder, de líderes “politicamente incorretíssimos”. Haja vista o sofrimento por que têm passado os sul-americanos que elegeram tipos como Evo Morales, na Bolívia; Correa, no Equador; Chávez e seu vice, Maduro, na Venezuela; Cristina Kirchner, da Argentina, e outros exemplares dessa “fauna”. É o que tem ocorrido onde a falta de estabilidade favorece os oportunistas.
Aqui no nosso amado país, e em momentos nem tão dramáticos, já elegemos elementos do naipe de Jânio Quadros, Fernando Collor e Lula da Silva. O primeiro, um “papudinho” que eleito, tomou posse e renunciou “de porre; o segundo, um playboy “fumacista”, que confundiu o governo com as baladas dos anos dourados; o terceiro, um bravo torneiro mecânico que, elevado ao poder naufragou em maio a uma malta de corruptos. O que aconteceu anteontem, em Curitiba, poderia servir de espelho para o eleitorado aprendesse a se livrar de sacripantas políticos.
Para o pleito de 2018, se é que vai mesmo acontecer, o eleitorado, assim como as lideranças mais sérias, só errarão se realmente não quiserem acertar. Segundo o senador Tasso Jereissati, do PSDB, caberá aos partidos a grande responsabilidade de selecionar os seus candidatos ao Executivo e ao Legislativo. Ante esse ponto de vista, podemos concluir que, depois do “mensalão” e do “petrolão”, é um dever de cada um tornar-se “expert” em identificar bons e maus representantes ou governantes. Eleger gente pior do que a que aí está, é atrair desgraça.

PROFISSIONALISMO – O atual Governo do Brasil, com todos os seus pecados tem, vez por outra, apresentado boas propostas, que não enxergadas pelos cegos de ódio contra ele. Um exemplo: o Mediotec, programa destinado a oferecer cursos profissionalizantes a estudantes do segundo grau, como ocorre nos Estados Unidos, onde toda essa tropa já conclui o curso devidamente empregada, e sem nenhuma “tara” por diplomas ostentatórios.

PROPOSTA DE ARIOSTO – Ainda sobre esse tema da profissionalização de jovens do segundo grau, o deputado Ariosto Holanda há duas décadas tem se batido por um amplo projeto dessa natureza em todo o Brasil. Só lembrando: Ariosto fez desse objetivo o seu projeto máximo e, através da criação de escolas tecnológicas – os Centros Vocacionais Tecnológicos – levou essa ideia a todo o país. Enquanto outros estados formam jovens via CVTs, eles, infelizmente, são sucateados no Ceará como o próprio Ariosto já andou denunciando.

MAIS UMA VERGONHA – Atos vergonhosos não estão apenas nas atitudes de políticos em empresários encalacrados pela Lava-Jato. Agora mesmo, o bravo e sofredor povo do estado do Ceará, torturado por cinco anos de seca, vê as águas da Transposição do Rio São Francisco, crucial para aliviar as suas penas, sendo retardadas por causa de brigas entre empresas que disputam as suas obras. Enquanto se grita “Fora Temer” o dinheiro que ele liberou para o Eixo Norte está apenas “escutando” essa briga pela qual só o povo paga.

SERÁ NECESSÁRIO? – O castigo (mais um) a que estão submetidos os cearenses do campo e das cidades, ou seja, de ser o último Estado “programado” para receber as águas da Transposição, tem desafiado os políticos, notadamente da Assembleia Legislativa, que não têm se mantido silentes. Agora, esgotados todos os recursos, querem ir, em bloco, á Brasília, para denunciar, “in loco” um absurdo que a turma do Planalto, Câmara e Senado conhece melhor do que nós.

DESTRUIÇÃO – Na Câmara Municipal de Fortaleza, o vereador Professor Elói (PEN), em nome de milhares de moradores da região de Parangaba, fez dramático apelo para que as autoridades tentem salvar a Lagoa de Parangaba, enquanto ainda é possível. Isso porque, segundo ele, a histórica Lagoa, em torno da qual se poderia criar um belo projeto urbanístico, poderá tornar-se apenas num gigantesco viveiro de mosquitos ”Aedes aegypt” e todos os seus males.

SERÁ QUE DÁ? – Na quarta-feira passada, o governador Camilo Santana, em ato público, revelava à imprensa a sua intenção de convocar para treinamento 1.500 candidatos aprovados para a Polícia Militar, como medida destinada e abalar as ações da bandidagem. O problema, segundo destaca o deputado Ely Aguiar, é que, enquanto o governo acena com mais esses reforços, as legiões do mal renovam os seus “efetivos” em proporções muito maiores. Isso significa que o “déficit” de policiais vai muito além de 1.500 novos soldados.

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