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Fortaleza

Quase todos errados

No início da semana, o ínclito ex-governador do Ceará, dr. Lúcio Alcântara, ao falar à imprensa a respeito das negociações em relação à distribuição de ministérios e outros cargos para alguns partidos, incluindo o PR, do qual é presidente de honra no Ceará, afirmou que, se é para aceitar tais benefícios, a situação é a mesma para todos, e se um estiver errado, todos estarão nessa mesma situação. Esse o espelho de uma crise política e ética com a Presidente querendo se salvar, e os partidos querendo “se arrumar”.
Em qualquer governo cuja administração seja caracterizada pelo equilíbrio e um mínimo de boas intenções para com o bem-estar social de um país, a distribuição de ministérios e outros cargos teria, obrigatoriamente, que obedecer a critérios técnicos, com o governante convocando especialistas, conforme as necessidades de cada setor. No Brasil, essa política há tempos vem sendo desprezada; não precisa ser do ramo para assumir os cargos mais variados. A única exigência é a sintonia dos partidos com o governo.
Por conta de comportamentos dessa natureza, estamos testemunhando, indignados, mas, a essa altura, sem condições para impedir, uma das mais vergonhosas feiras de “escambo”, com uma presidente, premida pela necessidade de apoio para não ser vítima de “impeachment”, negociando cargos com partidos médios e pequenos, aos quais só um coisa interessa: o próprio crescimento, mesmo às custas de dissintonias internas. Ou seja, se isso ocorrer, que vão “às favas” o crescimento, a economia e a harmonia do País.

Vai dar bode. Essa história da famigerada “janela”, já deu, e vai muito “bode” entre políticos e eleitores do interior do Estado. Ocorre que, nas cidades do sertão, fazer uma modesta liderança mudar de sigla, é problema, principalmente, se esta já tiver estabelecido sintonia com o seu atual partido. Ou seja, vai sair mais caro uma nova mudança, para insônia de muitos deputados.

Zorra total. Está equivocado quem imaginar que a sucessão municipal de Fortaleza não é uma das mais complicadas das últimas décadas. Não há escassez de bons nomes com potencialidade eleitoral. Mas, a confusão gerada no âmbito da política nacional, torna o ambiente cheio de incertezas. Não se sabe se a companhia de Dilma e Lula fará ganhar ou perder a eleição.

O rei da confusão. O alagoano Renan Calheiros, presidente do Senado, que há tempos não era manchete, reaparece com uma proposta polêmica. Dessa vez, não é mais por conta de escândalos financeiros. Agora, ele reaparece para defender a antecipação das eleições. O assunto promete muito “zum-zum”. Dizem que é para “esfriar” o “impeachment” de Dilma.

A trincheira. Para um deputado federal do CE, que pede não citar o seu nome, está ficando cada vez mais perigoso a presidente Dilma fazer do Palácio do Planalto trincheira para movimentos radicais como a Contag e o MST, incentivados pelo ex-presidente Lula e outros políticos esquerdistas, e sob o “silêncio ensurdecedor” das Forças Armadas.

Sertão reforçado. Em poucas legislaturas da AL, o sertão e as serras do Ceará tiveram representação tão numerosa. São, no mínimo, 30 parlamentares que, se trabalhassem em conjunto, poderiam realizar um grande trabalho em defesa dos 90% dos municípios, todos carentes de mínimas condições de dar um IDH decente e justo aos seus habitantes.

Ajuda que não ajuda. A mais recente “escorregada” do Governo Federal, é a proposta de rolamento das dívidas de estados e municípios. Mas estes, só depois descobriram a “babanosa” em que se meteram, já que, na “bondade” do Planalto, está incluso que governadores e prefeitos nem podem mais admitir servidores, nem fazer concursos para preencher vagas!…

Mal pagador. A mais recente “novidade” a respeito da incapacidade do Governo federal para cumprir seus compromissos até com os bancos oficiais, é mais do que emblemática. Segundo o ex-ministro da Fazenda, Levy, existem duas ações movidas pela Caixa Econômica Federal, tendo em vista o atraso de repasses por parte do Tesouro Nacional.

(REDATOR
SUBSTITUTO)

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