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Quem no lugar de Temer?

O Brasil, que vive momentos de incertezas e de preocupações da sua sociedade, assiste a um triste espetáculo de desestabilização de uma sociedade, agravada pela incapacidade das lideranças para conduzir com sensatez multidões descontentes em atos de protestos, caminha para um epílogo perigoso: um confronto de desordeiros descontrolados, não só com as forças policiais, como também com as Forças Armadas. Neste último caso, porque os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, já deixaram claro: não apoiam baderneiros que ameaçam a paz do País.

Em meio às pressões e atos de violência praticados em Brasília, que obrigaram o Ministério da Defesa a tomar medidas severas para impedir consequências imprevisíveis, tem-se a impressão de que a “turba-multa” enfurecida, guiada por vândalos profissionais, nada tem lido ou ouvido da parte do general Eduardo Villas-Bôas, Comandante do Exército Brasileiro e das Forças Armadas. Segundo aquele grande oficial, as forças sob o seu comando não pretendem, em nenhuma situação, assumir o poder, mas não permitirão que a desordem se estabeleça no País.

Passemos a outro assunto. Se os adversários de Temer estão assim tão ansiosos pela sua saída, quem é que eles pretendem colocar em seu lugar? Porque, se é o ex-presidente Lula que querem de volta, esse, embora com o apoio dos lulistas, acha-se sem condições morais e legais para assumir a chefia do País. Por conta das inconseqüências do nosso sistema, pessoas do porte da ministra Cármen Lúcia estão impossibilitadas de chegar ao poder. É triste, num país de 200 milhões de habitantes terem-se dificuldade para escolher um presidente que preste!…

MAIS SEGURANÇA – Mesmo se tratando do deputado com mais vivência no ambiente militar, por ser oficial da reserva, só agora, depois de vários mandatos, o deputado Manuel Duca (PDT) conseguiu a determinação governamental de instalar na estratégica cidade de Acaraú uma unidade do BPRaio. Para ele, é isso que todos os deputados devem fazer para que o BPRaio se faça presente em mais cidades onde se queira fechar as portas criminalidade.

BEIRA-MAR – Há justificados motivos para que a sociedade cearense, da Capital a todas as cidades do interior, tenha profundas preocupações com a insegurança e a violência que preocupam a população de uma estado pacífico. Exemplo disso é o mega-traficante “Fernandinho Beira-Mar”, mesmo se achando numa prisão de segurança máxima, continuar como o maior comandante do tráfico de drogas do país. Imagine o que pensar dos traficantes em liberdade.

PARALISIA – Preocupa, cada vez mais, à sociedade cearense a ameaça de paralisia do Poder Legislativo Estadual, em conseqüência dos desdobramentos das delações feitas pelo celerado Joesley Batista. Como essa desastrosa atitude atinge indiretamente o governador Camilo, aqueles que não sintonizam com ele querem vê-lo alvo de “impeachment”. A propósito, depois que impediram Dilma de governar, muitos pensam em brincar de pedir “impeachments”…

PASSANDO A LIMPO – Em relação às negociatas que teriam sido feitas entre o ex-presidente Lula e empresários como Joesley Batista, muita coisa ainda tem de ser passada a limpo. Uma delas são as relações entre Lulinha, filho de Lula e a Friboi. Essa sociedade espúria, que é alvo de bate-papos até pelos taxistas de Buenos Ayres, tem como base a comentada compra, por Lula e a Friboi, de uma gigantesca fazenda de gado na Argentina, por US$ 360 milhões…

COM OU SEM BEBIDA? – No Brasil, certa leis são risíveis. Uma delas, a proibição da venda de bebidas nos estádios. Na Copa das Confederações e Copa do Mundo, no Castelão, as cervejeiras ganharam rios de dinheiro. Depois, voltou a “lei seca”. O deputado Evandro Leitão (PDT) quer a volta desse comércio. A deputada evangélica Dra. Silvana (PMDB) acha que é “coisa do diabo”. Só que, se a turma não bebe dentro da arena, bebe nos bares do entorno e já entra “grogue”…

PUNIÇÃO EXEMPLAR – Para o economista Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda do Brasil, deixar em liberdade o empresário Joesley Batista, da JBS, um réu confesso que provocou um terremoto na economia do Brasil, é um erro crasso. A seu ver, o governo do País “não só deveria se empenhar para pedir aos Estados Unidos a sua extradição, como entregá-lo à Justiça, para que essa lhe dê a punição exemplar, merecida por todos os que cometem crimes contra a pátria”.

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