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Radicalismo ridículo

Ontem, foi destaque em parte da imprensa, ao lançamento, pelo presidente Michel Temer, do programa ”Criança Feliz”, no Palácio do Planalto num país onde milhões de crianças sofrem ou morrem de fome e outras necessidades, seria momento para se aplaudir “de pé” uma iniciativa cujo objetivo é dar assistência em domicílio, a cerca de 4 milhões desses seres tão carentes. Mas, enquanto muitos assim agiram, outros preferiram fazer exatamente o contrário.
O fato é que, como ocorre em todos os países democratas e civilizados, cabe às esposas dos presidentes, no seu papel de primeira-dama, estar à frente desse tipo de iniciativa, dada a sua obrigação de assumir a liderança nos grandes programas sociais. Foi sempre assim no Brasil, exceto com Dilma Rousseff. O ato ocorreu com solenidade, e a belíssima e discreta Marcela Temer, virou a embaixadora do “Criança Feliz”, apesar da ação dos protestos.
Diante de episódios como esse vale lembrar o que ocorria nos Estados Unidos, a primeira-dama Jackeline, sob aplausos cuidou, durante os dois mandatos do marido, de todos os grandes problemas direcionados à infância e aos adultos, ganhando, não os aplausos, mas a colaboração até de lideranças do adversário Partido Republicano. Civilização é isto.

ACANALHAÇÃO – Certos aspectos da política nacional só servem para envergonhar os brasileiros de vergonha. Agora mesmo, um processo está sendo desenvolvido contra o deputado federal Jair Bolsanaro (PSC), acusado de tecer loas a um militar acusado de tortura na ditadura militar. Em outro, o alvo é o deputado Jean Wyllis, por tentar fazer de escarradeira o deputado Bolsanaro. E isso num país que se debate para sair de uma crise moral e econômica.

RESSURREIÇÃO – O pleito do dia 2, se serviu para exibir a decadência eleitoral de partidos do porte do ex-grande PT, veio também comprovar a “ressurreição” de um ex-gigante – PSDB – que caía pelas tabelas, mas voltou a crescer no Ceará. Para isso, o chamado “fenômeno foi o senador Tasso Jereissati, cujo empenho redobrado em todos os quadrantes do Estado, conseguiu levar a sigla tucana, que só tinha um prefeito, a eleger 15.

VIOLÊNCIA – O condenável procedimento de policiais militares, que no dia da eleição agrediram o secretário de Estado e ex-senador, Inácio Arruda, familiares e acompanhante, serviu de alerta sobre a crescente politização da PM, que, há não muito tempo, não tinha o direito de votar. Diante dessa situação, que não pode em nenhuma circunstância se repetir, o deputado Chico Lopes (PCdoB) diz ser preciso agir rápido, evitar que a PM “vire partido político”.

GRANA MUITA – Em meio a todas as discussões a respeito do que o governo de Michel Temer poderá fazer para tirar a economia do atoleiro deixado pelo PT, o juiz Sérgio Moro, comandante da Operação Lava Jato, diz que uma saída que já deveria ter sido aprovada seria a repatriação de dinheiro, assim como a devolução de fortunas pelos “propineiros. Para se ter idéia dessa situação, diz Moro, só de ex-executivo da Petrobras já devolveu R$ 98 milhões.

TUDO VALE – Na situação em que se acham as negociações sobre o apoio dos candidatos derrotados aos dois finalistas do pleito para a PMF, o ex-deputado Felinto Elísio adverte ser temerário rejeitar o apoio de partidos e candidatos com poucos. Nesse sentido, ele lembra, que, em 2006, o governador Lúcio Alcântara foi eleito com pouco mais de 3 mil votos e em Cariús, este ano, dois candidatos empataram e o mais novo “dançou”. Ou seja, voto ninguém dispensa.

CADÊ O BODE? – Como havíamos registrado, em Jati, onde a oposição não conseguiu registrar uma candidatura, lideranças resolveram “lançar” o “Bode 90”, animal popular na cidade. Só que, às vésperas da eleição o caprino barbudo sumiu, ou seja, foi sequestrado por ser “ameaça” à reeleição da prefeita Neta, do PSD. Mas, o bode ainda não apareceu e já se torce para que adversários não tenham feito da buchada dele tira gosto nas comemorações.

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