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Fortaleza

Risco previsível

As autoridades e lideranças políticas do Ceará parecem não estar ainda sentindo no ar as ameaças de uma campanha eleitoral violenta, de conseqüências imprevisíveis, e que irá exigir uma presença efetiva das Forças Armadas em todo o Estado e não em apenas alguns municípios, como tem ocorrido em muitos pleitos. Na AL, um ex-prefeito caririense alertava: “se não houver mais segurança, corremos o risco de, aos poucos, retornarmos às campanhas sangrentas da época em que mandavam no Estado Nogueira Accyoli e Franco Rabelo, quando era o som dos rifles que “animava” as campanhas”.

Exageros à parte, é preciso levar em conta que, num país castigado pelo desemprego gerado pelos desgovernos petistas, uma prefeitura, uma vice prefeitura e uma vaguinha de vereador tiram muita gente dessa incômoda e indesejável situação, passando a se constituir bons empregos, como ocorre com a esmagadora maioria dos políticos nessa situação. Para complicar a atual situação no interior, multiplicaram-se os partidos e, com isso, os candidatos, mesmo que de qualidade muito duvidosa e de ficha não muito limpa.

Segundo se noticia, brigas eleitoreiras já começam a pipocar aqui e ali, com candidatos sendo alvejados por pistoleiros, problema que, se não for cortado pela raiz, com muita segurança, e com a Justiça Eleitoral agindo com rigor, poderemos ver as cidades, mais uma vez, mergulhadas em rivalidades, intrigas e ódio. Um bom exemplo poderá ser dado pelos deputados estaduais, todos envolvidos nessas campanhas. Se agirem de forma pacífica, muitos confrontos serão evitados. O problema, em boa parte, está com eles.

Pobre Dnocs – O pobre Dnocs, que depois de livrar dos afeitos das secas milhões de famílias, está metido numa “bananosa”. Como sabemos, essa entidade tem vivido, há quase meio século, mergulhado no abandono e no sucateamento. Agora, o governo Temer quer que esse retorne à condição de gestor dos projetos hídricos. Só que, pelo que se sabe, só quem quer mandar nele é o PMDB, do senador Eunício. Que seja, mas desde que o velho departamento não vá servir de motivo de briga entre o PMDB e o PDT no Ceará.

CEST LA VIE – Pois é. O PT, ex-mega-partido, de Lula e Dilma, vive uma queda jamais imaginada pelos petistas. Sem mais “mensaleiros”, “petroleiros” e outros chefões da corrupção para ajudar, está passando pela suprema humilhação de ter de vender quinquilharias eleitoreiras, para tentar manter a sua campanha em Fortaleza. E o que é pior, sem nem mesmo um partido “nanico” para ajudar a vender esses produtos. Como dizia o famoso Cego Aderaldo, “quem a paca caro compra, pagará a paca cara!”…

PURA BABAQUICE – Começou, bem antes do que esperava, o “festival de babaquices que avacalham eleições”. Como nos atrasados tempos, políticos fazem de tudo para tirar do caminho candidatos que ameaçam seus planos. Por isso, a Procuradoria Eleitoral, que tem muito o que fazer, adverte, inclusive advogados que “fazem a feira” a cada eleição: denúncias idiotas e descabidas irão direto para o lixo e sem condescendência.

TEATRO DO RIDÍCULO – No Senado, o enroladíssimo presidente Renan faz uma advertência considerada importante testemunhas de defesa e de acusação, assim como senadores votantes no processo de impeachment de Dilma, terão de simplificar suas intervenções, para que não se repita o triste espetáculo de “teatro do absurdo”, encenado quando da votação dessa mesma matéria na Câmara dos Deputados.

EM BRANCO – Passou-se o dia 24 de agosto, em que a linda Ubajara, na Ibiapaba, festeja o seu centenário, e, as autoridades e empresários não ofereceram comemoração à altura. Pior ainda, nenhum só dos deputados que levaram os 20 mil votos do município, teve a lembrança de registrar a efeméride. Por azar, a sessão teve de ser encerrada porque três dos parlamentares da casa “por pouco não promoviam um inesperado pugilato”.

É A POLÍTICA – O deputado Cabo Sabino, do PR, que tem surpreendente atuação na Câmara dos Deputados, foi colocado, sem nenhuma explicação, em segundo plano, na campanha da chapa Capitão Wagner-Gaudencio Lucena. A propósito, deu um começo de rolo a apreensão de material da campanha dessa chapa. Motivo: o candidato a vice-prefeito, que deveria ocupar 30% da propaganda impressa, mal aparecia nesse material.

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