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Fortaleza

Saindo do bolso

 

Com desemprego, inflação e menores reajustes salariais, a massa real de rendimentos, ou seja, a soma dos ganhos de todos os trabalhadores, deve atingir este ano o seu menor nível desde 2011. Cálculos do Santander mostram que esse total de salários terá dois anos seguidos de queda e atingirá no ano que vem R$ 600 bilhões, levando em conta os ganhos nas seis principais regiões metropolitanas brasileiras, acompanhadas pelo IBGE na Pesquisa Mensal de Emprego. Segundo Rodolfo Margato, economista do Santander, o resultado nas maiores metrópoles do País reflete o ganho dos trabalhadores em todo o País. A redução de R$ 42 bilhões na massa salarial metropolitana — sendo de R$ 26 bilhões em 2015 e de R$ 16 bilhões no próximo ano — terá efeitos diretos no consumo das famílias.

A perda no rendimento das famílias é consequência direta do aumento do desemprego, que tende a se intensificar no próximo ano, ficando em torno de 10% — em setembro estava em 7,6% nas metrópoles. Com o mercado de trabalho mais fraco, quem está empregado tende a receber reajustes anuais abaixo da inflação, que está em 9,9% no acumulado de 12 meses encerrados em outubro. E, com mais trabalhadores desempregados, a soma dos rendimentos de quem está ocupado fica menor. Se, no início, o trabalhador mais atingido por esse cenário era o da construção civil e da indústria de transformação, setores em que o corte de vagas é maior, agora os profissionais de outras áreas também começam a conviver com o fantasma do desemprego. No comércio e no varejo, esse processo já teve início. E mesmo quem mantém o emprego está vendo seu salário ser corroído pela inflação ou pela perda de renda de alguém do mesmo núcleo familiar.

Sem fundos
O percentual de cheques devolvidos por falta de fundos no mês passado atingiu recorde histórico para outubro. A informação é da Serasa Experian. O índice de outubro foi de 2,20%, o equivalente a 1,225 milhão de cheques devolvidos. O percentual foi o maior para o mês desde o início das medições, em 1991.

Recorde
Este recorde da inadimplência com cheques, tanto em outubro como no acumulado do ano até outubro, deve-se, principalmente, aos impactos do aumento do desemprego, da inflação e das taxas de juros na capacidade de pagamento dos consumidores. Em setembro, o índice havia sido de 2,21% e, em outubro de 2014, os cheques devolvidos corresponderam a 1,97% do total de cheques compensados naquele mês.

Abaixo do esperado
O leilão de linhas de transmissão de ontem foi um novo fracasso para o setor de energia. Dos 12 lotes ofertados, somente quatro foram arrematados, três deles sem deságio na expectativa de receita teto estabelecida pela Aneel durante a operação do empreendimento. No total, serão investidos R$ 3,5 bilhões, ou seja, 45% dos R$ 7,5 bi que eram esperados no leilão de ontem.

Veículos
O ano deve terminar com uma queda de 27% nas vendas de veículos novos, o maior porcentual de retração no mercado brasileiro desde 1987. O desempenho do setor deve continuar negativo em 2016, com novo recuo de 5% na comercialização de automóveis, comerciais e leves, caminhões e ônibus, segundo a Fenabrave.

Construção
A Federação das Indústrias do Ceará prossegue com a construção coletiva das visões de futuro dos setores e áreas industriais promissoras para o Estado até o ano de 2025. Nesse mês de novembro, nos dias 23, 24, 25 e 26 de novembro, na sede da Fiec, em Fortaleza, a partir das 14h, acontecem painéis com especialistas para traçar as rotas estratégicas das áreas de Construção Civil e Minerais não metálicos e Logística até o ano de 2025. Em setembro, foram realizados painéis para os setores de Energia e Eletrometalmecânico.

 

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